EaD comprometeu estudos de mais de 80% dos alunos com deficiência, diz pesquisa

criança estudando em ead
Pesquisadores afirmam que grande parte dos estudantes com deficiência tem características específicas de aprendizagem (FOTO ILUSTRATIVA: Banco de imagens/Unsplash)

Embora a transferência do ensino presencial para o formato online tenha afetado todos os estudantes, os alunos com deficiência enfrentam um cenário ainda mais difícil. É o que garantem pesquisadores da Faculdade de Educação da UFMG Universidade Federal de Minas Gerais).

Um estudo conduzido pelo Grupo de Pesquisa Infinito indica que a falta de planejamento para aulas direcionadas a esse público comprometeu sua autonomia e os impediu de acompanhar as atividades sem ajuda. Isso porque grande parte dos estudantes com deficiência tem características específicas de aprendizagem, com necessidades de suporte de tecnologia ou acompanhamento de mediadores. 

Em um questionário online, que colheu 1.043 respostas, a pesquisa avaliou questões como perfil dos estudantes, atividades escolares realizadas e habilidades ou comportamento dos alunos frente a elas. Os familiares afirmaram que 86,76% dos alunos não conseguem realizar as atividades de forma independente e autônoma.

Estudo revela ‘falta de garantia à educação’

Em entrevista à TV UFMG, a professora e coordenadora da pesquisa, Adriana Borges, disse que é possível afirmar que muitos alunos e alunas com deficiência não tiveram garantidos os direitos à educação.

“Os alunos que estudaram na modalidade remota precisavam de recursos adicionais. O recurso mais demandado pelas famílias foi o mediador, ou seja, alguém que pudesse acompanhar os alunos nas atividades. Essa necessidade se relaciona com a dificuldade dos alunos de manterem a atenção nas atividades e a falta de autonomia”, explica.

Os resultados preliminares do levantamento foram compilados em relatório que pode ser acessado na internet

Edição: Giovanna Fávero
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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