PT pensa em campanha ‘suprapartidária’ para bater Bolsonaro; apoio de opositores históricos não é descartado

Apesar do fracasso nas urnas, Pimentel e Dilma continuarão fazendo parte da campanha (Divulgação/PT)

Durante entrevista coletiva concedida na tarde de quarta-feira (10), o coordenador da campanha do presidenciável Fernando Haddad (PT) em Minas, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), afirmou que a estratégia será uma “frente suprapartidária pela a democracia”, com a presença de movimentos sociais, ativistas, sindicatos, intelectuais, além de partidos políticos. Os petistas, inclusive, não descartam o apoio de históricos opositores, como o PSDB.

A ideia da frente suprapartidária vem para suprir a falta de um palanque político para Haddad em Minas, já que os candidatos petistas tanto para o governo quanto para o Senado foram derrotados. “É um espaço para que as pessoas que têm a democracia como valor e que têm responsabilidade com o Brasil, para tirar da crise, resolver o problema do desemprego”, diz Lopes.

Ao contrário do que ocorreu em 1º turno, o PT deve investir em mais ataques contra o adversário. “Vamos debater a questão programática. Bolsonaro é um fake news, não tem proposta para tirar o Brasil da crise. Além disso, vamos combater o fascismo, que é uma grande ameaça ao Brasil. Ele faz parte de um movimento de criminalização da política, mesmo fazendo parte desse sistema”, critica.

Apesar da derrota de Dilma e Pimentel nas urnas, os organizadores não avaliam como negativa a presença dos dois durante a campanha de Haddad. “É uma frente ampla, Pimentel e Dilma continuam tendo uma representação importante. O resultado eleitoral é consequente de uma onda conservadora e das fake news“, comenta.

Segundo turno para governador

Também presente na organização da campanha, o deputado Rogério Corrêa (PT) afirmou na coletiva que o PT se manterá neutro no segundo turno para o Governo de Minas. “Nós perdemos as eleições e tem dois candidatos com programas conservadores e neoliberais. Estamos preparando a resistência democrática na Assembleia Legislativa”, afirmou. Fernando Pimentel ficou em 3º lugar na eleição para o Palácio da Liberdade, com 23,12% dos votos.

Derrota histórica do PT em Minas

Além da derrota de Pimentel para o governo do Estado, o PT amargou outros fracassos no Estado. Para o Senado, a candidata Dilma Rousseff ficou em 4º lugar, com 15,35% dos votos; a outra opção, Miguel Corrêa, ficou em sexto, com 7,27%.

Para a Presidência, Bolsonaro também saiu vitorioso no Estado: 48,31% contra 27,65% de Haddad. O petista saiu vitorioso em apenas três regiões mineiras: vales do Jequitinhonha e Mucuri e Norte de Minas. O candidato do PSL teve uma vantagem expressiva na Grande BH, no Triângulo e no Sul do Estado. Lopes, inclusive, admite que haverá reforço na campanha nessas localidades.

Apesar dos resultados negativos, os petistas estão confiantes. “Nós vamos ganhar essas eleições nas ruas e nas redes também”, conclui Lopes.

Rodrigo Salgado

Repórter do Portal Bhaz.

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