Ciro Gomes compara Bolsonaro a Hitler em passeio ao lado de Kalil pelo Aglomerado da Serra

O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) visitou o Aglomerado da Serra ao lado do prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil (PHS), na manhã deste sábado (22). Desde que  conquistou o apoio do prefeito de Belo Horizonte, é a primeira vez que Ciro faz ato de campanha em Minas Gerais ao lado do ex-dirigente futebolista.

À imprensa, Ciro comentou sobre as denúncias, levantadas pela revista Istoé, de fraude na educação de Sobral (CE), cidade modelo na campanha do presidenciável pelo alto Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O problema está sendo investigado pela Polícia Civil do Ceará, pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal. Segundo o candidato, o fato trata-se de uma mentira. “Sobral é a melhor escola do Brasil, inclusive avaliada internacionalmente. Isso é uma mentira, é coisa de canalha”.

Durante comício realizado em Goiânia, capital de Goiás, Ciro chamou o presidenciável Jair Bolsonaro de “nazista filho da p…”. Questionado sobre o fato da fala o prejudicar na campanha, o candidato voltou a comparar Bolsonaro com Hitler.

“Se eu achasse que pudesse me prejudicar eu não teria dito. Winston Churchil, o maior estadista da história, passou pelo mesmo que estou passando quando ele denunciava precocemente Hitler nas preliminares do nazismo, que trazia estigma preconceito racial, contra gays e mulheres. Tudo isso que está no discurso e na prática de Bolsonaro,  principalmente do Mourão, a quem ele escolheu como vice, e de Paulo Guedes, seu economista que propõe um esquema de imposto que prejudica mais o pobre do que o rico. Churchil foi chamado de tudo que estou sendo chamado hoje e se tornou um grande estadista”, disparou Ciro.

Quem também comentou a fala de Ciro foi o prefeito. Em resposta breve, Kalil disparou: “Nós temos a boca suja, mas temos as mãos limpas. Isso é o que importa”, disse.

Além disso, Ciro falou sobre a disputa pelo segundo turno com o candidato do PT, Fernando Haddad. “Somos amigo de longa data, mas a vida nos colocou em antagonismo grave diante da situação que o Brasil está passando. Mas não é razoável que o país responda a esse drama com mais do mesmo. Não inteirou dois anos, o Haddad perdeu as eleições em São Paulo com meu apoio e do Lula, ou seja, não foi um prefeito bem avaliado. Não podemos expor o país a esse tipo de risco”, disse.

Questionado sobre a briga pelo segundo turno e as pesquisas que o apontam distante do segundo colocado, Fernando Haddad, Ciro questionou a confiança das pesquisas. “Não podemos transferir a decisão cívica para institutos de pesquisa. Pois em um país em que deputados se vendem, não podemos deixar de suspeitar que esses órgãos, não estou dizendo todos, possam vender essas pesquisas para o baronato financeiro. Por exemplo, basta ver o que as pesquisas diziam sobre o Kalil, em BH. Não vamos deixar que esse levantamentos manipulem a nossa liberdade de escolha”.

Após a coletiva, Ciro passeou pela comunidade ao lado de Kalil e concedeu entrevista à Rádio Autêntica Favela.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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