A candidata ao Senado Dilma Rousseff (PT) perderá tempo de inserções na TV e no rádio por ter veiculado propaganda que “degradou o candidato” ao governo Antônio Anastasia (PSDB). A decisão é do TRE-MG.
A campanha da ex-presidente teria utilizado “imagens violentas” ao fazer menção ao alegado golpe de 2016. A Justiça Eleitoral entendeu que Rousseff utilizou de meios publicitários para “criar artificialmente na opinião pública estados mentais ou emocionais”. O tucano foi relator do processo de impeachment no Senado.
A juíza Cláudia Cruz já havia pedido, anteriormente, a suspensão da exibição de tal inserção. Por 4 votos a 2, a Justiça decidiu também pela perda do tempo de propaganda, aplicando-se a norma prevista no artigo 53 da Lei das Eleições (9.504/1997).
A candidata terá que apresentar até o final da tarde desta sexta (28) um plano de mídia que comprove por quantas vezes a inserção foi veiculada para poder definir o tempo da suspensão. A assessoria de Dilma afirmou que recorrerá da decisão.
Em nota, a assessoria de Anastasia afirma que “o horário eleitoral não é ambiente próprio para ataques e ofensas, com críticas destrutivas ao adversário”. Alega, ainda, que Dilma não somente tenta difamar o candidato ao governo, mas “também instituições públicas como o Senado e o STF”.