A exposição “O Jogo da Liberdade: a capoeira em Belo Horizonte – Anos 60, 70 e 80” está em cartaz, desde o dia 10 de junho, no Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado. A mostra revisita os caminhos da capoeira na capital mineira, destacando suas raízes africanas, o período de criminalização e os processos de resistência e valorização da prática ao longo das décadas.
A exposição é dividida em três eixos temáticos. O primeiro, “Ancestralidades Africanas em Curral Del Rei/Belo Horizonte”, remonta à presença africana e afrodescendente na região antes da construção da nova capital, destacando sua contribuição cultural e os impactos da remoção forçada após a abolição da escravidão. Mapas, documentos e gráficos ajudam a contextualizar a invisibilização histórica da população negra no processo de modernização urbana da cidade.
Já no segundo núcleo, “Primórdios da Capoeira em Belo Horizonte: anos 1960, 1970 e 1980”, reúne acervos pessoais de mestres e mestras capoeiristas, com fotografias, recortes de jornal, instrumentos, indumentárias e objetos do cotidiano da prática. Contudo, os destaques estão os registros de figuras como Lúcia Capoeira e Djalma Baiano.
Por fim, a última parte, intitulada “Futuros ancestrais da capoeira em Belo Horizonte”, propõe reflexões sobre os rumos contemporâneos da capoeira. Relatos audiovisuais de mestres compõem o espaço, que também apresenta a Lei Capoeira nas Escolas (nº 11.750) que reconhece a capoeira como prática pedagógica e cultural na educação.
O público pode visitar gratuitamente de terça a sábado, das 9h às 18h.