Ex-BBB usa app de namoro para ‘ajudar’ afegãos e vira alvo de críticas: ‘Qual o problema de vocês?’

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Mahmoud Baydoun disse que iria mudar a localização do aplicativo Grindr (Reprodução/@mahmoudbaydoun_/Instagram)

Após viralizarem cenas de desespero da população do Afeganistão tentando fugir do país por causa da volta do Taleban ao poder nesse domingo (15), o ex-BBB18 Mahmoud Baydoun tentou “ajudar” a comunidade LGBTQIA+ local. O sexólogo disse ter trocado a localização do aplicativo de relacionamento Grindr, nesta segunda-feira (16), para perguntar se alguém precisa de ajuda por lá. A atitude do participante do No Limite dividiu as opiniões na web.

Mahmoud escreveu em seu Twitter: “Estou preocupado com os LGBTs do Afeganistão. Mudei a localização do Grindr para Cabul para perguntar se alguém precisa de ajuda, mas o app não roda lá. Tenso!”. O tuíte do ex-BBB ganhou grande repercussão, fazendo com que ele recebesse várias críticas.

Diante da resposta à sua atitude, ele defendeu: “‘É um aplicativo de rede social’… Antes de ser um serviço de namoro online. É um forma de se comunicar com alguém. Qual é o problema de vocês?!”. Um internauta chegou a comentar que aplicativos como o Grindr não funcionam no Afeganistão.

‘Morei 13 anos no Oriente Médio’

O sexólogo disse que os moradores alteram a localização para conseguirem usar, e acrescentou que morou um período no Oriente Médio. “Mas as pessoas usam outro aplicativo para mudar o VPN [Rede Privada Virtual] e poder acessar o app. Eu morei 13 anos no Oriente Médio!”. Confira a sequência de tuítes:

Web discute atitude de Mahmoud

Os nomes “Grindr” e “Mahmoud” ficaram entre os assuntos mais comentados do Twitter na tarde desta segunda-feira, tudo devido à repercussão da ajuda do participante do No Limite. Muitos internautas ironizaram a atitude do sexólogo, enquanto outros defenderam as intenções dele.

“Isso, a primeira coisa que um afegão LGBT precisa fazer para fugir do país é abrir o app Grindr”, comentou uma pessoa. “‘Nossa, meu país foi invadido e tem um monte de gente morrendo, o que eu faço?? Ah, já sei! Vou abrir o Grindr aqui'”, disse outro usuário, com sarcasmo.

Em defesa de Mahmoud, uma pessoa tuitou: “Teria várias maneiras de acessar o Grindr do Afeganistão, como por exemplo, por VPN. Parem de encher o saco do Mahmoud gente, pelo menos ele já fez mais que o presidente no Brasil. A intenção foi boa, só foi muito inocente. Preguiça das gays carniceiras de cancelamento”. Veja alguns comentários:

Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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