Nesta quinta-feira (16), o ex-presidente da BHTrans, Célio Bouzada, foi intimado pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19 a depor sobre a responsabilidade da empresa de transporte na exposição dos usuários de coletivos superlotados ao vírus da Covid-19. A solicitação é de autoria dos vereadores Nikolas Ferreira (PRTB) e Flávia Borja (Avante).
Segundo o presidente da CPI da Covid-19, Professor Juliano Lopes (Agir), as declarações também vão contribuir para esclarecer o repasse de R$ 220 milhões que o Município fez às empresas de transporte coletivo para garantir a circulação dos ônibus durante a pandemia.
“Isso precisa ser esclarecido porque as empresas cortaram, por exemplo, os horários noturnos. A prefeitura estendeu o funcionamento dos bares e restaurantes, mas a cozinheira, o garçom e o caixa não têm ônibus para voltar para casa. Não é que é de hora em hora, simplesmente não existe”, afirmou.
O ex-presidente da BHTrans será ouvido sobre o assunto no próximo dia 23, às 9h, na CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte).
Doação do Shopping Oi também é alvo
Nos dias 7 e 10 de outubro serão ouvidos o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis, e o gerente de Contratação de Serviços Gerais e de Engenharia, Leonardo Vilete Matos. Os depoimentos terão o objetivo de esclarecer a negociação que resultou na doação, por parte do dono do Shopping Oi, de ventiladores pulmonares adulto e pediátrico ao município de Belo Horizonte.
Os gestores foram citados por Mário Valadares, o proprietário do estabelecimento comercial, durante depoimento dado à CPI no último dia 9. “Me recordo de ter feito contato [por telefone] com André Reis, que também não conheço”, disse Mário, na ocasião.
Segundo ele, André ainda teria passado o contato do servidor Leonardo Vilete Matos, para que seus funcionários acertassem as trocas de “alguns tubos pediátricos por adultos”. A conversa, ocorrida pelo WhatsApp foi apresentada pelo empresário aos vereadores.
Com CMBH