A Feira Hippie passará a acontecer entre a avenida Carandaí e a Praça Sete, para que as barracas fiquem mais distantes uma das outras, conforme informou o secretário de saúde de BH, Jackson Machado, durante coletiva na tarde desta sexta-feira (18). O trânsito no local sofrerá alterações. A Feira não é realizada desde 22 de março devido à pandemia do novo coronavírus.
“A partir do dia 27 de setembro, a Feira da Avenida Afonso Pena [estará liberada]. E aí precisamos muito do apoio de todos, porque o intervalo da Feira vai ser estendido desde a avenida Carandaí até a Praça Sete. O trânsito vai funcionar como funciona no dia 7 de setembro habitualmente” explicou o secretário.
Apesar da data estipulada por Jackson há a possibilidade da feira não retornar nesta data, já que os representantes dos expositores precisam alinhar alguns detalhes com o Executivo municipal.
“Segunda-feira temos uma reunião com a gerente de feira que vai nos passar o layout. Deram o prazo [de retomada] no dia 27, mas eu acho pouco. Vamos ter que estudar a melhor maneira de disposição de barracas e isso leva uns 15 dias”, afirma Marcos Ferreira Diniz, expositor e membro da Comissão Paritária da Feira Hippie.
Diniz ressalta que uma semana para organizar tudo e a feira retomar é difícil, mas não impossível. “Vamos ter estes dias para trabalhar duro. É muito difícil [garantir que a feira retome no dia 27], mas não impossível”, destaca o expositor que há 35 anos trabalha na Feira Hippie no setor de calçados.
Alimentação
A proposta inicial da PBH era fazer um rodízio, onde 50% dos feirantes trabalham em um domingo e a outra metade no domingo seguinte. A ideia não foi bem recebida pelos expositores e foi revista pela gestão municipal. “100% da feira está contemplada, as barracas de alimentação ficarão na rua Espírito Santo e as demais barracas na avenida Afonso Pena”, detalhou o Secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis.
A retirada das barracas de alimentação não agradou o setor, conforme conta Diniz. “A gente fez reunião com o pessoal da prefeitura para que 100% dos feirantes pudessem trabalhar, mas o pessoal da alimentação não gostou da proposta. Eles acham que vão ficar muito isolados e praticamente vão sair de dentro da feira”, disse.
Dos 1.700 feirantes cadastrados, menos de 1.100 devem voltar ao trabalho. “Sobre a feira, está autorizado, eles estão em discussão agora sobre como vai ser o layout, sobre como vai ser a distribuição deles, então pode ser que eles não vão ter condição de voltar no domingo que vem, mas isso é um processo deles. Por parte da prefeitura já está liberado pra semana que vem”, finalizou André Reis.