Por Renan Marra
O influenciador Felipe Neto associou o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), ao bolsonarismo e provocou reação do tucano nas redes sociais. Nessa terça-feira (17), Covas marcou Felipe Neto em uma publicação do Twitter e afirmou que não votou no presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Admiro seu trabalho, mas acho que você não conhece minha trajetória. Não votei no Bolsonaro. Convido você a conhecer meu programa de governo para ver nossas propostas que priorizam o combate às desigualdades, o respeito à diversidade e a defesa dos direitos humanos”, escreveu o prefeito.
Covas respondia a um tuíte de Felipe Neto publicado no domingo (15), em que o influenciador declara apoio a Guilherme Boulos (PSOL), adversário do tucano no segundo turno, e afirma que “é hora de vencer o bolsonarismo”.
“Povo de São Paulo, a escolha é simples! De um lado, Covas, num partido que concorda com 92% das orientações bolsonaristas. Do outro lado, Boulos, no partido que menos concorda com as orientações bolsonaristas do país, apenas 15%”, escreveu o influenciador junto de um gráfico com fonte atribuída ao site Congresso em Foco.
Nesta terça, após a mensagem de Covas, Felipe Neto rebateu o prefeito e o associou também ao governador do estado, João Doria (PSDB). “Para cima de mim, Covas? Você e Doria podem dar as mãos e desaparecer da política brasileira. Não farão absolutamente nenhuma falta”, escreveu.
Felipe Neto tem feito campanha para Boulos em suas redes sociais. Mais cedo, o influenciador publicou uma planilha vazia dizendo ser uma “lista atualizada de todas as pessoas que tiveram suas residências invadidas” pelo candidato do PSOL.
O influenciador também já elogiou a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, do qual Boulos é líder, e ironizou a pecha de radical do psolista.
Na segunda (16), ele publicou uma montagem do candidato fazendo uma manobra de skate com a mensagem. “O que eu penso quando vejo alguém dizer que o Boulos é ‘radical'”, escreveu.
Felipe Neto também já se manifestou a favor de Eduardo Paes (DEM), no Rio, e de Manuela d’Ávila (PC do B), em Porto Alegre.
