Uma funcionária da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) apresentou uma denúncia formal contra o presidente da entidade, Rogério Caboclo, por assédio moral e sexual. No documento, a mulher afirma ter provas de todos os fatos narrados e pede que o dirigente seja investigado e punido com o afastamento da CBF, e pela Justiça Estadual. As informações foram divulgadas pelo globoesporte.com nesta sexta-feira (4).
A denúncia foi protocolada ainda hoje na Comissão de Ética da CBF e na Diretoria de Governança e Conformidade. A funcionária denuncia constrangimentos sofridos em viagens e reuniões com o presidente e na presença de diretores da confederação, assim como outros casos. Segundo ela, em um dia, após vários comportamentos abusivos, Rogério Caboclo perguntou se ela se “masturbava”. Ela também conta que ele tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro, chamando-a de “cadela”.
Ainda de acordo com a mulher, o presidente da CBF teria criado falsas narrativas sobre supostos relacionamentos que ela teria tido, expondo sua vida pessoal a outros funcionários da entidade. “Tenho passado por um momento muito difícil nos últimos dias. Inclusive com tratamento médico. De fato, hoje apresentei uma denúncia ao Comitê de Ética do Futebol Brasileiro e à Diretoria de Governança e Conformidade, para que medidas administrativas sejam tomadas”, disse ela ao globoesporte.com, que não revelou seu nome.
A denúncia ainda aponta que o presidente da CBF estava sob efeito de álcool quando os abusos ocorreram, e, segundo a vítima, ele pedia para que ela escondesse bebidas em lugares combinados, para que ele pudesse beber durante o expediente. A funcionária é cerimonialista e trabalha na confederação desde 2012. Depois de relatar os abusos a colegas, antes de formalizar a denúncia, ela pediu afastamento das atividades por motivo de saúde.
O presidente da CBF foi procurado pelo portal, mas não retornou.
