Gabriel, de apenas 3 anos, precisa de doador de medula óssea compatível para sobreviver

Se depender da vontade de Gabriel Souza, que completou 3 anos em janeiro, a cura para a síndrome rara que sofre, a Chediak-Higashi, deve acontecer em breve. Mas para isso, ele precisa encontrar um doador de medula óssea compatível para realizar um transplante e poder ter uma vida normal em Campo Belo, no Sul de Minas, cidade onde mora. Mesmo tão novinho, Gabriel já passou por 10 internações extensas desde que foi diagnosticado com a doença em agosto do ano passado e precisa tomar 9 remédios por dia, além de viajar semanalmente para São Paulo para fazer quimioterapia.

Segundo a gerente de captação da Fundação Hemominas, Heloísa Gontijo, a probabilidade de encontrar um doador compatível é de 1 para 100 mil. Dentro da família, a maior probabilidade é entre irmãos. “Se o casal tiver dois filhos, eles dividem a informação genética dos pais e, por isso, a probabilidade de um irmão ser compatível é de 25%”, explica a enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Belo, Leidiane Mendes.

A irmã de Gabriel, que tem 5 anos, já fez o teste e o resultado de compatibilidade foi negativo. Com a união da Secretaria Municipal de Saúde e o Hemominas, uma campanha foi lançada para recrutar 100 pessoas na cidade para realizarem o teste de compatibilidade. É importante que, na região, apenas uma pessoa de cada família se cadastre, já que pessoas de fenótipos parecidos tem uma probabilidade semelhante de serem ou não compatíveis.

“Estamos pedindo pra não ser mais de uma pessoa da mesma casa porque só podemos cadastrar 100 pessoas, então é importante que os fenótipos sejam diversificados”, explica Leidiane. O dia do “recrutamento” é 12 de março, quando o Hemoninas irá até o município recolher os testes.

No entanto, interessados em doar medula óssea podem se cadastrar em qualquer dia e em qualquer parte do Estado e do país. É o que explica a gerente de captação do Hemominas Heloísa Gontijo.

“É possível se candidatar a ser um doador de medula óssea em qualquer unidade do Hemominas. A doação é anônima e não poder direcionada. Ou seja, você não pode chegar na unidade e dizer que gostaria de doar a medula para o Gabriel. O que acontece é que você faz um cadastro, realiza um teste e estes dados são cruzados com o banco nacional de receptores, que são os pacientes em lista de espera”.

Segundo ela, há ainda um intercâmbio com os bancos de cadastros da Alemanha e dos Estados Unidos. Caso haja algum doador compatível nestes países com algum paciente brasileiro, a coleta é feita lá e enviada para cá.

A representante do Hemominas aponta ainda para a importância de se manter o cadastro atualizado, porque é com base nele que a instituição aciona o doador em potencial quando encontra compatibilidade com algum paciente.

Para atualizar o cadastro ou se cadastrar, basta clicar aqui. Também é possível buscar as informações sobre o cadastramento e doação procurando qualquer uma das unidades do Hemominas no Estado. O procedimento é assinar um termo de consentimento que autoriza a realização do exame e a disponibilização do resultado no banco de dados.

Diferente da doação de sangue, a de medula é ainda mais simples e requer menos critérios. Basta ter entre 18 e 54 anos e não ter nenhuma doença infecciosa. Pessoas abaixo dos 18 anos também podem doar se acompanhadas de algum responsável.

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