Parecia que seria mais fácil. E poderia ter sido mais tranquilo… Mas o que importa mesmo é que o Galo voltou a vencer após dois deslizes (aqui e aqui) e garantiu mais uma rodada na liderança “isolada”. O reencontro com a vitória rolou na noite desta quarta (25), no Mineirão, ao bater o vice-lanterna Botafogo por 2 a 1. Os comandados por Sampaoli chegaram a abrir 2 a 0, mas se deram o luxo de perder um pênalti e tiveram um fim de duelo não tão sereno quanto poderia.
A explicação para as aspas na palavra isolada, no parágrafo inicial, é a seguinte: o Galo pode ser alcançado, em número de pontos, pelo Flamengo. Mas o time carioca volta a jogar pelo Brasileirão apenas no dia 5 de dezembro. Para completar a bagunça, o São Paulo pode até ultrapassar o Atlético, já que tem três jogos a menos. Mas o fato é que o alvinegro mineiro entra em campo novamente, apenas no dia 6, como líder.
Descanse em paz, D10S
O Atlético prestou homenagens ao ídolo eterno do futebol mundial, Diego Armando Maradona, que morreu nesta quarta. Na arquibancada, foi exposta uma bandeira da Argentina.
Já no gramado, o time estampou no calção um desenho do rosto de Diego. Por sua vez, o jogador Matías Zaracho, conterrâneo do eterno ídolo, vestiu a camisa 10 com o nome de Maradona.
‘Hombro de Dios’
A partida começou agitada a favor dos atleticanos. O Botafogo pouco marcava a saída de bola do Galo, o que dava espaços para o time da casa atacar livremente. Logo aos 11 do 1T, Igor Rabello cabeceou, mas a bola foi nas mãos de Diego Cavalieri. Mas bastaram 5 minutos a mais para o Galo abrir o placar: Keno cruzou bonito de três dedos e a bola encontrou Savarino, que mandou “de ombro” para as redes.
E a pressão continuou! Aos 32, Hyoran cobrou belo escanteio em direção às redes, mas Cavalieri evitou o gol olímpico do meia.
Rolo compressor atleticano
E o Galo começou o segundo tempo tão animado quanto o primeiro, com qualidade na bola aérea: aos 4 minutos, Savarino cruzou na medida para Eduardo Sasha. O atacante, em ótima fase, mandou de cabeça para o véu da noiva.
‘Pera’ lá!
Mas o Botafogo resolveu colocar um obstáculo nesse rolo compressor atleticano. Apenas três minutos depois, em cobrança de escanteio, Marcelo Benevenuto pulou sozinho e cabeceou tão forte que Rafael sequer foi na bola. Com menos de 10 minutos de 2T, o placar já havia se mexido duas vezes, e o gol colocava ainda mais lenha na fogueira.
Jogo continua quente
O Galo queria fazer o terceiro para matar o jogo. Aos 11 da etapa final, Marcinho recuou fraco para Cavalieri, e Keno quase aproveitou o presente: o goleiro foi obrigado a entrar na bola de carrinho, salvando o Fogão. No lance seguinte, Savarino mandou um chute perigoso de fora da área, e o arqueiro mandou para a linha de fundo. O Botafogo respondeu aos 22, com bom chute de falta de Marcinho à longa distância, nas mãos de Rafael.
Na chance do 3º…
O Galo teve a chance de ampliar a vantagem aos 31 minutos. Keno invadiu a área e chamou Marcinho para dançar. O botafoguense não gostou nada disso e derrubou o atacante: penalidade máxima no lance. O mesmo Keno cobrou o pênalti no canto esquerdo, e Diego Cavalieri agarrou sem deixar rebote. Desde 2018, o jogador atleticano converteu quatro cobranças e desperdiçou duas.
E foi só. Em noite de homenagens a ídolo e mito Diego Maradona, o Galo garantiu a vitória “obrigatória” – mesmo com um placar mais apertado do que poderia.
FICHA TÉCNICA:
ATLÉTICO 2 X 1 BOTAFOGO
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 25 de novembro de 2020, quarta-feira
Hora: 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Savio Pereira Sampaio (DF)
Assistentes: Daniel Henrique da Silva Andrade (DF) e Jose Reinaldo Nascimento Junior (DF)
VAR: Pablo Ramon Goncalves Pinheiro (RN)
Cartões amarelos: Junior Alonso e Savarino (Atlético); Kevin, Marcinho, Victor Luís e Kanu (Botafogo)
GOLS
ATLÉTICO: Savarino, aos 16min do primeiro tempo; Sasha, aos 4min do segundo tempo
BOTAFOGO: Marcelo Benevenuto, aos 7min do segundo tempo
ATLÉTICO: Rafael, Igor Rabello, Bueno e Junior Alonso; Nathan (Marrony), Calebe (Wesley), Zaracho (Talison) e Hyoran; Savarino, Sasha (Gustavo Henrique) e Keno
Técnico: Jorge Sampaoli
BOTAFOGO: Diego Cavalieri, Kevin (Honda), Marcelo Benevenuto, Kanu e Victor Luís; Rafael Forster (Éber Bessa), Rentería (Kalou), Caio Alexandre e Marcinho; Warley (Rhuan) e Pedro Raúl (Matheus Nascimento)
Técnico: Emiliano Díaz (auxiliar)