Garis e trabalhadores da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC) vão se unir ao Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte) em uma carreata na próxima quinta-feira (13), para reivindicar a inclusão dos profissionais das categorias no plano de vacinação contra a Covid-19 da cidade.
A partir das 11h20, trabalhadores e representantes do sindicato partirão em direção à Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), onde farão um ato de protesto das 12h às 12h30. A concentração está marcada para 11h, na SMASAC, na avenida Afonso Pena, no Centro de BH. De acordo com o Sindibel, os trabalhadores estão se sentindo enganados, já que que a secretaria teria dado a entender que as categorias seriam incluídas no Plano Municipal de Vacinação há mais de um mês.
Ainda segundo o sindicato, depois que a SMSA disponibilizou um cadastro aos trabalhadores, a pasta afirma que “ainda está aguardando um posicionamento do Ministério da Saúde autorizando a inclusão” dos trabalhadores nos grupos prioritários da vacinação. “A principal justificativa da pasta é que o município não sabe se tem ou não poder discricionário para tomar a decisão sem o aval do Ministério. Contudo, o que gera mais revolta entre os trabalhadores é que vários outros municípios, inclusive capitais, já estão vacinando fiscais e trabalhadores da assistência social, provando que há, sim, poder discricionário do município”, defende o Sindibel.
Já a pasta municipal afirma que “o município não tem autonomia para alterar as ordens de público prioritário indicadas pelo Ministério da Saúde” e precisa seguir as regras definidas pelo plano nacional para o processo de imunização. “É imprescindível que novas remessas de vacinas sejam entregues para a ampliação dos grupos definidos para a imunização”, completa a SMSA, em nota (leia na íntegra abaixo).
Greve
No final de março, garis e motoristas dos caminhões que transportam lixo também se organizaram em uma greve, reivindicando uma previsão de vacinação dos trabalhadores em Belo Horizonte. “Nós somos considerados como [serviço] essencial para o trabalho, mas na vacinação somos deixados de fora”, argumentou Natanael Dias de Moura, presidente do Simeclodif (Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e Região).
Apesar da paralisação feita em março ter afetado exclusivamente BH e região, a exigência não se direcionou apenas para o Executivo municipal. O Sindeac (Sindicato dos Empregados em Edifícios e Condomínios, Empresas de Prestação de Serviços em Asseio, Conservação, Higienização, Desinsetização, Portaria, Vigia e dos Cabineiros de Belo Horizonte) informou que está, desde agosto do ano passado, tentando contato não só com a PBH, mas com o governo federal, que não incluiu os profissionais no PNI (Plano Nacional de Imunização), e o governo estadual, que decidiu seguir as determinações da União.
Nota da SMSA
“A Prefeitura de Belo Horizonte segue as orientações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde. O município não tem autonomia para alterar as ordens de público prioritário indicadas pelo Ministério da Saúde, tendo assim que seguir as regras informadas para a imunização.
É imprescindível que novas remessas de vacinas sejam entregues para a ampliação dos grupos definidos para a imunização. A Secretaria Municipal de Saúde reafirma a disponibilidade de pessoal e todos os insumos necessários para a imediata continuidade do processo de vacinação”.
