Gás de cozinha e gasolina vão ficar mais caros a partir deste sábado: ‘Vai piorar ainda mais’

gás e gasolina
Reajustes são válidos a partir deste sábado (Arquivo/Banco Central + Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Petrobras anunciou aumentos de 7,2% nos preços do gás de cozinha e da gasolina nas refinarias. A novidade, nada agradável aos consumidores, foi divulgada nesta sexta-feira (8). O quilo do gás vai ter acréscimo de R$ 0,26, passando de R$ 3,60 para R$ 3,86; já a gasolina vai subir R$ 0,20 – deixando de custar R$ 2,78 e indo para R$ 2,98.

A estatal justificou o reajuste alegando que os aumentos “refletem parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio, dado o fortalecimento do dólar em âmbito global”.

O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) ficou 95 dias com os preços estáveis, enquanto a gasolina, 58, conforme informado. Os ajustes, ainda segundo a empresa, “são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimentos às diversas regiões brasileiras”.

Os novos preços já passam a ser praticados neste sábado (9).

‘Artigo de luxo’

O BHAZ entrevistou Alexandre Borjali, presidente da Asmirg (Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do Petróleo), para entender os impactos dos novos reajustes, principalmente o do gás de cozinha.

“São dois impactos fortes. Primeiro para o consumidor que já estava com o poder aquisitivo restrito e agora vai piorar ainda mais. Ele não vai ter acesso à principal fonte de energia para alimentação e isso impacta na saúde, pois gera fome”, destaca.

Os revendedores serão outros impactados com o sétimo reajuste da Petrobras. “As revendas estão anunciando fechamento. Toda hora escuto revendedor falando que está jogando a toalhas, pois não vende mais”, pontua o presidente da entidade.

O alto preço do gás de cozinha faz, na visão de Borjali, que ele deixe de ser um item de utilidade pública e torne “artigo de luxo”. “O pior é que não temos expectativa de melhora nenhuma. Fica a história de falar que o problema é do ICMS e no final quem paga conta é população e revendedor”, finaliza.

Edição: Giovanna Fávero
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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