O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), exonerou Adilson Elpídio Daros. A decisão foi publicado no DOM (Diário Oficial do Município) desta sexta-feira (6). O ex-servidor da BHTrans era chefe da Gerência de Controle, Estudos Tarifários e Tecnologia da empresa que gerencia o trânsito da capital mineira.
Adilson teve, na última quarta (4), a quebra de sigilos bancário, telefônico e fiscal aprovado pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da BHTrans na CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte). A comissão apura a existência de possíveis irregularidades na empresa. Os trabalhos da CPI estão previstos para encerrar em setembro.
O agora ex-chefe da gerência ocupava o cargo que tinha a responsabilidade de fazer a fiscalização de contratos firmados com as empresas concessionárias do transporte público de Belo Horizonte, além do levantamento de dados de viagens e passageiros. Adilson estava na chefia quando houve a auditoria que apontou que a tarifa na capital mineira deveria custar R$ 6,35.
A exoneração foi publicada no “Atos do prefeito” e não foi indicado quem será o substituto de Adilson na chefia da Gerência de Controle, Estudos Tarifários e Tecnologia da BHTrans.
Quebra de sigilos
Adilson Daros e mais seis pessoas investigadas pela CPI da BHTrans tiveram a quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal aprovados pelos vereadores que integram a comissão. O objetivo é investigar possíveis envolvimentos em fraudes no processo de licitação do transporte público de BH e na auditoria realizada em 2018.
“O material será colocado em documento e vai para o Ministério Público de Contas e Polícia Civil”, informou o vereador Gabriel Azevedo (sem partido), presidente da CPI, em entrevista ao BHAZ na quarta. “O grande legado desta comissão é esclarecer que, de fato, existe um caixa preta e o que tem nela: um contrato fruto de cartel, lesivo para o cidadão e vantajoso para o empresário”.