A Gisele perdeu as pernas e sonha poder andar; vamos ajudá-la?

Arquivo pessoal/Gisele Costa Beijamin

“Quero conseguir essa prótese para poder andar. Meu sonho é parar de cair na rua, tropeçar toda hora, ter que me arrastar”. A fala é da auxiliar administrativa Gisele Costa Beijamin, de 29 anos, que perdeu as duas pernas quando ainda era bebê, aos 9 meses. Sem dinheiro para comprar próteses, a moradora de Nova Lima, na região metropolitana de BH, iniciou uma vaquinha on-line (ajude aqui) para arrecadar o dinheiro, cerca de R$ 45 mil.

O dia 15 de agosto de 1991 ficou marcado como o renascimento de Gisele. Na época, com apenas 9 meses, ela ficou presa em um incêndio dentro da casa onde morava, na pequena cidade de Congonhas do Norte. “Me contam que estava chovendo muito nesse dia, e minha tia perguntou à minha mãe se poderia me colocar perto do fogão de lenha, para que eu ficasse aquecida”, lembra.

“Minha tia me colocou perto do fogão e minha mãe foi para a parte de trás da casa para lavar verduras. Minha tia me deixou sozinha por uns momentos, com minha irmã de 3 anos, e o incêndio começou. Acharam que eu estava morta, mas meu pai ouviu meu choro e foi me salvar”, lembra a auxiliar administrativa.

Gisele foi levada para um hospital em Diamantina e, depois, transferida para a Santa Casa, em Belo Horizonte. “Meu pai era lavrador, largou tudo e veio morar comigo em BH. Fiquei quase dois anos internada, e precisei ter minhas duas pernas amputadas, na altura do joelho. Já tentei usar duas próteses, mas não me adaptei. Para andar, uso sapatos que encaixem nos limites das amputações. Só que é muito ruim, sempre caio na rua, tropeço”, explica.

A auxiliar administrativa conta que o médico explicou que ela não conseguirá mais andar em 2 ou 3 anos. “Por conta do desgaste na carne mesmo. Aí eu teria que andar de cadeira de rodas, o que eu não gostaria”, relata. Com isso, ela decidiu iniciar a vaquinha on-line. O valor da prótese é de R$ 42 mil mais as taxas do site, que ficariam cerca de R$ 3 mil.

Mesmo com todas as dificuldades, Gisele tenta viver a vida com leveza. “Tenho quatro filhas que amo muito. A Anna Julia, de 12 anos, a Giulia Emanuelly, de 10, a Gabrielle Luisa, de 6, e a Maria Eduarda, de 4 anos. Moro com meu companheiro há 7 anos. Espero ansiosa e esperançosa que possa realizar o meu sonho, me fazendo uma pessoa ainda mais feliz que sou hoje, pois apesar de toda dificuldade, eu sou muito feliz. Sei que Deus tem um plano para mim”, completa.

Gisele e suas quatro filhas (Arquivo pessoal/Gisele Costa Beijamin)
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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