Guaja de portas fechadas! Famoso co-working de BH sofre com impactos da Covid-19 e anuncia fechamento

guaja anuncia fechamento
Anúncio foi feito nesta quarta (Reprodução/Instagram/@guaja.cc)

Com as medidas de isolamento necessárias para combater o novo coronavírus, muitos empreendimentos – principalmente os pequenos – já começam a sofrer as consequências. É o caso do Guaja, um café e co-working de BH queridinho especialmente pelo público jovem, que anunciou, nesta quarta-feira (6), que vai fechar as portas depois de sete anos.

Em carta aberta publicada nas redes sociais, o arquiteto Lucas Durães, co-fundador do espaço, explicou que a decisão, embora triste, foi necessária devido aos desdobramentos e à imprevisibilidade imposta pela pandemia do coronavírus. “Nosso espaço na querida esquina da Afonso Pena não retomará suas atividades. Daqui para frente, nossa missão é imaginar outras formas de existir”. 

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Foram 7 anos de intensas trocas com Belo Horizonte e com as pessoas que aqui vivem. 7 anos de aprendizados, protótipos, erros, acertos e, principalmente, insistência. 7 anos de descobertas fortuitas, conexões improváveis e parcerias transformadoras. 7 anos de cafés, sanduíches, reuniões e drinks. 7 anos de uma pequena revolução. Muito, muito obrigado a quem acreditou, acompanhou e fortaleceu nosso bem mais precioso: nossa comunidade. ❤️ Os desdobramentos da atual crise exigiram a triste, embora necessária, decisão de fecharmos nossas portas. Estamos dispostos a conversar com todxs que fazem parte de nossa história e queiram trocar ideias sobre futuros possíveis. O casarão que por 4 anos foi nosso ponto de encontro preferido está aberto para novos empreendimentos que queiram continuar essa ou outras histórias. Toda a estrutura das operações do GUAJA encontra-se disponível para novos capítulos. Entre em contato via [email protected] 🙂 Para ler nossa carta completa, acesse guaja.cc/adeus. ✨ Ainda nos veremos por aí, por aqui. Uma vez plantada, a semente de guaja sempre trará bons frutos. Não nos esqueceremos. Adeus! (Ou, quem sabe, até logo).

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Lucas se disponibilizou para conversar sobre a decisão com colegas, parceiros e clientes do espaço e informou que o casarão que funcionou como sede do Guaja pelos últimos quatro anos está aberto para novos empreendimentos: Temos certeza que tudo aquilo que construímos não tem fim aqui”.

A história que fica

Em 2013, Lucas começou a estudar a tendência do co-working – ou seja, dos espaços compartilhados de trabalho – ao redor do mundo e percebeu que havia espaço para esse tipo de inovação em Belo Horizonte. Daí nasceu o Guajajaras Coworking, batizado em homenagem à tradicional rua no centro da capital.

Com o tempo, o espaço se modificou e se adaptou ao cenário belo-horizontino, se tornando referência para a comunidade criativa da cidade e priorizando o propósito de empoderar pessoas. De uma equipe de 5 integrantes, o Guaja passou a um time de 40 funcionários, sediou empresas e foi escritório de profissionais que acreditavam na força do coletivo.

O espaço não se contentou e buscou mais, desenvolvendo um portal de conteúdo digital, colaborando em festivais que valorizavam BH, desenvolveu um cardápio variado e foi palco de discussões importantes sobre cultura, arquitetura, música, gastronomia, empreendedorismo e saúde, entre outros. 

Nas palavras do próprio fundador, “foram sete anos de intensas trocas com Belo Horizonte e com as pessoas que aqui vivem, sete anos de aprendizados, protótipos, erros, acertos e, principalmente, insistência. Sete anos de descobertas fortuitas, conexões improváveis e parcerias transformadoras. Sete anos de uma pequena revolução”.

‘7 anos que precederam um fim’

A despedida entristeceu diversos fãs do espaço, que se acostumaram a frequentar o Guaja tanto para trabalho como para diversão. Nos comentários dos posts, diversos clientes manifestaram decepção, elogiaram a trajetória do empreendimento e homenagearam os profissionais que os atenderam antes do fechamento.

O carinho foi recíproco. Na carta de despedida, Lucas aproveitou para agradecer pelo carinho do público: “Somos imensamente felizes e gratos por termos feito história junto a outras tantas iniciativas incríveis que fazem de BH um circuito especial e único. Não nos esqueceremos”.

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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