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Belo Horizonte recebe festival de bacalhau entre julho e agosto

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Restaurantes misturam versatilidade do ingrediente com tradições da comida mineira, sem deixar faltar a criatividade (Divulgação/João Motta)

Depois dos festivais de tropeiro e ora-pro-nóbis, o sabor inconfundível do bacalhau chega às cozinhas de Belo Horizonte. Entre 25 de julho e 11 de agosto, a capital mineira receberá a primeira edição do festival Bacalhau da Noruega, promovido pela SindRio e pelo Conselho Norueguês de Pesca. Ao todo, 20 restaurantes locais terão no cardápio um prato preparado com o ingrediente animal.

No festival, as técnicas da cozinha mineira se adequam para harmonizar com o peixe salgado. A versatilidade da proteína destoa: vai ao forno, na brasa, é confitado, grelhado, servindo até mesmo como recheio de pizzas e pastéis. As tradições locais também não se escondem, aparecem nos acompanhamentos. Angu, toucinho, couve e até feijão se unem aos sabores do Bacalhau.

“Um festival como esse, além de ser um presente ao paladar, conecta os restaurantes e clientes com o ingrediente. O bacalhau faz parte da cultura afetiva do brasileiro. Para nós, bacalhau é sinônimo de tradição, festa, reunião de família e amigos queridos. Queremos preservar e passar para as gerações esse costume saudável e delicioso”, comenta Giselle Martins, coordenadora de Treinamentos do Conselho Norueguês de Pesca.

Restaurantes de BH

A Casa da Agnes, da chef Agnes Farkasvolgyi, traz o toque mineiro ao bacalhau no prato “Trem da Noruega que viajou para o Brasil”: o lombo do peixe vem com suculenta mandioca amarela, toucinho, banana, pimentão e couve.

No Cabernet Butiquim, de Jana Barrozo, o ingrediente vira recheio de pastéis sequinhos, com cebola caramelizada e creme romesco, enquanto no Forno da Levindo, Juliana D’Auria Myrrha, é recheio de pizza de longa fermentação.

Caetano Sobrinho, do restaurante Caê, faz a estrela do prato confitada com linguiça caipira, alho poró, pimentões, azeitona preta e ovos.

No restaurante O Jardim, os clientes vão poder experimentar o peixe em sua forma grelhada, acompanhado pelo velouté de alho-poró de Will Oliveira.

Em mais uma versão, o bacalhau vai ao forno, acompanhada de batatas ao murro, no Caravela, do chef português Cristóvão Laruça. Em seu outro restaurante, Turi, o peixe vai na brasa com chimichurri, enquanto na Fazenda Cervejeira, o chef prepara um arroz coma proteína.

Felipe Rameh, do el MAI, desenvolve um prato delicado, em que o bacalhau vira recheio de uma massa fina crocante, finalizada com tartare de azeitona preta e cebolete.

A lista de estabelecimentos confirmados no festival ainda traz os restaurantes Odoya, Per Lui, D’artagnan, La Palma, Nuuu, Taberna Baltazar, Restaurante do Porto, Omilía, Empório Paraíso Café Salumeria, Babel e Cozinha Santo Antônio.

Pratos dos restaurantes Cozinha Santo Antônio (esquerda) e Caravela (direita) (Divulgação/João Motta)

O festival não define o preço dos pratos dos restaurantes, restando para cada estabelecimento estabelecê-los.

Então se liga!

Festival Bacalhau da Noruega
Data: 25 de julho a 11 de agosto 

Thiago Cândido

Aluno de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais. Repórter no BHAZ e colunista no programa Agenda, da Rede Minas de Televisão.
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