Cirque du Soleil volta a BH com espetáculo brasileiríssimo e ritmos variados – de bossa nova a funk

Cirque du Soleil/Divulgação

Tudo começou lá em 1980, quando um grupo de artistas liderado pelos canadenses Gilles Ste-Croix e Guy Laliberté se reunia com trajes coloridos e pernas de pau fazendo a alegria por onde passava: malabarismo, danças, músicas e brincadeiras. Hoje, a dupla é famosa por criar uma das maiores companhias de entretenimento do mundo, o Cirque du Soleil, que traz pela primeira vez ao Brasil o espetáculo OVO, a criação mais tupiniquim da trupe. E – pode abrir o sorriso – Belo Horizonte está entre as quatro cidades brasileiras escolhidas para receber o show.

Cena do espetáculo que visitará Belo Horizonte em 2019 (Cirque du Soleil/Divulgação)

OVO é uma história sobre a aceitação de diferenças. O espetáculo retrata as mudanças em um universo de insetos quando um ovo misterioso aparece. Do ovo – que representa o enigma e os ciclos da vida –, surge um inseto desajeitado e estranho que fica encantado por uma bela joaninha, formando uma história de amor cheia de desafios.

O espetáculo estreou em 2009 em Montreal, no Canadá, com o objetivo de comemorar os 25 anos de aniversário da companhia. Desde então, vem percorrendo o mundo, somando aproximadamente 5 milhões de espectadores que se encantaram com a narrativa. E a história do espetáculo tem um gosto um tanto especial porque foi concebida por um olhar criativo totalmente brasileiro: a renomada coreógrafa Deborah Colker, o cenógrafo Gringo Cardia e o compositor Berna Ceppas (parceiro de Colker há mais de 20 anos).

Criativos

Deborah Colker (ao centro), Gringo Cardia (blusa preta à direita) e o compositor Berna Ceppas (no canto direito) com parte da equipe do espetáculo OVO (Marcella Oliveira/BHAZ)

Ao BHAZ, a autora e coreógrafa Deborah Colker se diz orgulhosa de ter seu trabalho reconhecido por Guy Laliberté. “Ele me conheceu através da minha parede na peça Velox e disse que esse estilo tinha que estar no circo”. A parede citada por Deborah é uma uma imensa estrutura vertical criada pela coreógrafa, na qual os acrobatas correm, pulam e se cruzam de um lado para o outro, de cima para baixo, apoiados por diferentes tipos de trampolins.

Após o convite, a artista brasileira então propôs retratar o ecossistema como tema. “Foi uma maneira bacana de relacionar técnicas de circo com as famílias de insetos”. O casting dos artistas, segundo Colker, foi um dos momentos mais especiais do processo de criação: são ao todo 50 artistas de 14 países. “Quando comecei, foi a primeira vez que trabalhei com tanta gente. Disseram que eu teria quantos bailarinos quisesse. Mas eu queria acrobatas! Queria levar a minha maneira de falar com movimentos, para a linguagem de circo”, explica.

Sobre o processo de ensaios, a coreógrafa relembra com bastante humor. “Olha, não foi fácil fazer os artistas russos e chineses sacudirem os quadris no ritmo brasileiro, viu?”, brinca.

Parede criada pela renomada coreógrafa Deborah Colker (Cirque du Soleil/Divulgação)

Em relação à cenografia, Gringo diz que toda a equipe pesquisou muito para chegar ao cenário e às caracterizações perfeitas para o espetáculo. “A diferença de trabalhar com o Cirque como cenógrafo é que as coisas têm que durar. O próprio ovo, por exemplo, teve que ser confeccionado de titânio. Para mim, foi um grande aprendizado”, finaliza.

Tudo, claro, com muita percussão. O músico Berna conta que, como Guy já era familiarizado com a cultura brasileira – o co-fundador da companhia foi casado com uma brasileira –, a proposta era fazer algo único, em uma vasta mistura de ritmos tupiniquins. ”Fiz axé, fiz forró… Fizemos algo que provoca a plateia a festejar com toda a trupe no final”. A trilha sonora do espetáculo passeia por vários estilos da música brasileira, como a bossa nova, carimbó, samba, xaxado e funk.

A trupe

Neiva Nascimento interpreta uma das principais personagens, a joaninha Lady Bug; Julia Tazzi (ao lado de Neiva, no quadro à direita) é outra brasileira na trupe (Marcella Oliveira/BHAZ)

Além da criação, o tempero brasileiro também está presente no corpo do espetáculo: alguns artistas são nascidos aqui ou falam português fluente. “Quando eu entrei no Cirque, não imaginava fazer parte de uma show completamente brasileiro, é muita responsabilidade. Mais ainda porque eu sou a primeira cantora brasileira da companhia”, conta ao BHAZ a cantora baiana Julia Tazzi.

Já Neiva Nascimento, que está neste espetáculo desde 2014 interpretando Lady Bug (a joaninha), umas das personagens principais, foi a primeira brasileira a protagonizar um espetáculo do Cirque du Soleil. “Sempre fui uma grande fã. E, quando soube que fui a escolhida para ser a Lady Bug, eu não acreditei num primeiro momento, depois eu só chorava de emoção”, relembra.

O espetáculo mostra as mudanças de um universo após o aparecimento misterioso de um ovo (Cirque du Soleil/Divulgação)

O espetáculo OVO é apresentado no Brasil pelo Bradesco e conta com o patrocínio de Café L’OR e realizado pela IMM Esporte e Entretenimento. Os ingressos custam de R$ 130 (meia) a R$ 580 (inteira do setor Premium). Haverá pré-venda de tíquetes para clientes dos cartões Bradesco, Bradescard e Next: para o espetáculo de BH, os ingressos poderão ser adquiridos entre os dias 6 e 27 de novembro deste ano, com 20% de desconto e parcelamento em até 6 vezes sem juros – nos demais cartões, o limite do número de parcelas será de três vezes.

Já os membros do Cirque Clube poderão comprar ingressos antecipados no dia 28 de novembro. Finalmente, para o público em geral, os tíquetes serão vendidos a partir do dia 29 de novembro. Os interessados poderão comprar os ingressos pelo site Tudus e na bilheteria oficial na capital mineira, que fica no Shopping Cidade.

SERVIÇO

OVO – Cirque du Soleil

Quando? 7 a 17 de março de 2019

Onde? Mineirinho (Avenida Antônio Abrahão Caram – São Luiz, Belo Horizonte)

Quanto? de R$ 130 (meia) a R$ 580 (inteira do setor Premium) *

Vendas? no Shopping Cidade ou pelo clicando aqui

Marcella Oliveira

Publicitária e redatora do portal BHaz.

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