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Fernanda Abreu faz show de abertura do Elas Festival nesta quinta

03/10/2024 às 14h24
Fernanda Abreu faz show de abertura do Elas Festival nesta quinta
A apresentação da artista acontece às 20h, no Elas Festival. (Murilo Alvesso/Divulgação)

A “garota carioca, suingue e sangue bom”, Fernanda Abreu, chega a Belo Horizonte, nesta quinta-feira (3), para fazer o show de abertura da 5ª edição do Elas Festival. O evento, que segue até o próximo sábado (5), promove a diversidade da produção brasileira feminina e LGBTQIAP+, por meio de apresentações musicais, shows, oficinas, mostras de economia criativa e artes visuais, exposição de foto-grafia e bate-papos.

Esta é a segunda vez que a artista se apresenta na capital mineira, nos últimos quatro meses, já que ela foi uma das atrações das comemorações dos 80 anos do Conjunto Moderno da Pampulha, durante o mês de junho. No show de amanhã, Fernanda Abreu promete passar por todos os discos da trajetória artística.

“Resolvi fazer uma viagem musical e, por isso, será um painel bem fiel dos meus maiores hits ao longo desses 34 anos de carreira solo”, explicou a compositora, que também fez parte do grupo Blitz. A apresentação da artista acontece às 20h, e os ingressos podem ser adquiridos no Sympla.

Para ela, estar entre as atrações do Elas é uma alegria, já que o festival abrange toda a produção criativa de mulheres, além de oferecer uma diversidade de atividades. “É fundamental porque vemos, cada vez mais, mulheres produzindo todo tipo de arte e com ideias novas. Trazer isso para a sociedade, que sempre viveu esse patriarcado dominante, mostra esse movimento feminino, especialmente, na nossa área artística. Estamos sempre provocando as mentes e fazendo refletir”, afirmou ao BHAZ.

‘Quero viver com condições físicas que proporcione minha independência’

Nesta 5ª edição, o Elas abordará diferentes pautas em torno da mulher, como a maternidade, sexualidade, a potência do 50+ e as territorialidades insurgentes. No dia de abertura, o intuito é destacar temáticas voltadas para o amadurecimento e, por isso, o festival escolheu Fernanda Abreu para fazer o show, já que ela, no auge dos 63 anos, representa essa força da mulher com mais de 50 anos.

Para ela, a questão do envelhecimento é difícil, já que a juventude e a jovialidade são muito valorizadas na sociedade. Em contrapartida, pessoas mais velhas, especialmente mulheres, são depreciadas tanto no sentido físico e cultural quanto político. “As mulheres é que sofrem mais essa pressão e esse patrulhamento por uma juventude eterna. Sinceramente, acho isso uma armadilha, porque, na verdade, a propaganda e a publicidade e as empresas e as marcas, elas precisam muito disso. Toda a necessidade dessa juventude e dessa jovialidade, mas a vida não é assim”, explicou.

Ainda em relação à pressão estética, a artista citou o filme “A Substância” (2024), estrelado por Demi Moore e dirigido pela francesa Coralie Fargeat. O longa-metragem de terror, que está disponível nos cinemas, ganhou repercussão mundial por trazer a tona os desafios e as complexidades do padrão imposto pela indústria da beleza. Com cenas que evidenciam violações psicológicas e gráficas do corpo, há relatos de quem deixa a sala de cinema antes mesmo do filme acabar.

“Existe uma imposição enorme por um modelo estético, visual, de beleza das mulheres, que é muito nefasto para mim, porque é uma invasão muito grande do corpo. Não critico ninguém, mas acho que temos que ficar atentos para não perder a mão. O novo filme da Demi Moore escancara isso, né?”, conta.

Segundo a cantora, envelhecer é um processo natural e, hoje, valoriza mais cuidar da saúde física e mental. “Sabemos que vamos envelhecer e passamos por isso em diferentes fases da vida. Se tornar um adolescente, sair daquela fase da criança para se tornar adulto, é, no meu ponto de vista, a mais complicada. Nesse sentido, hoje, eu quero viver com condições físicas que me proporcione a minha independência, em vez de me preocupar com a estética. É para isso que eu luto na minha velhice”, afirma.

Prestes a completar 35 anos de carreira solo, com o lançamento do icônico disco “SLA Radical Dance Disco Club”, e 30 anos de “Da Lata”, a pioneira do Dance Disco Club brasileiro promete muitas novidades no próximo ano. “Estou pensando em fazer um vinil, livro e, até mesmo, um documentário. Tenho registros da gravação do ‘Da Lara’ e acho que vai ser legal compartilhar. Também quero lançar um show especial, mas, para isso, vou precisar de mais tempo. Esse trabalho merece”, finaliza.

Se liga!

5ª edição do Festival Elas
Local: Funarte MG – Rua Januária, 68 – Centro, BH
Data: de quinta a sábado
Ingressos pelo Sympla
Mais informações em elasfestival.com.br

Anota aí!

Classificação etária: Livre
Entrada: Gratuita

Ana Magalhães

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi estagiária do Jornal Estado de Minas e do programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiária do BHAZ desde agosto de 2024.
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Ana Magalhães

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Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi estagiária do Jornal Estado de Minas e do programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiária do BHAZ desde agosto de 2024.

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