Mac Júlia aposta em funk e lança novo álbum em show nesta sexta em BH

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Mac Júlia lançou o álbum de funk ‘Baile da Dona Onça’ (Divulgação)

Depois de fazer sucesso com “Sofá, Breja e Netflix” e “Se Tá Solteira”, hit com o rapper FBC, a artista belo–horizontina Mac Júlia aposta em um novo lado: o funk de BH. Na última semana, ela lançou o álbum ‘Baile da Dona Onça’, e nesta sexta-feira (24) ela já começa a espalhar a palavra do gênero com um show na capital.

O novo trabalho conta com 16 faixas e trinta e quatro participações, incluindo nomes como os dos MCs Laranjinha e Pretchako, além de DJs e produtores que são creditados nas faixas. Os 34 convidados do álbum foram escolhidos pela própria cantora, de acordo com o que ela já curtia ouvir. “Eu criei meus favoritos e fui atrás de conseguir fazer esses feats, e graças a Deus com sucesso”, comemora.

Mac Júlia descreve o novo trabalho, inteiramente de funk, como uma aposta alinhada com os temas que já discutia em suas canções. “Eu venho há bastante tempo me introduzindo no cenário do funk e sempre tive essa característica nas minhas músicas de falar sobre a sexualidade feminina, sobre a libido, sobre nossa liberdade de expressão em si”, conta Mac Júlia.

Com um álbum de funk e outros trabalhos no trap e no R&B, Mac Júlia quer ser vista como uma multiartista.

“Eu quero fazer música o resto da minha vida e quero ser entendida como uma cantora, uma compositora, uma música que pode permear em qualquer estilo musical e produzir canções gostosas pras pessoas que gostam de me ouvir”, define.

Participação em música de FBC resgatou ‘gosto’ da cantora por funk

Em conversa com o Rolê BHAZ, a cantora também revelou que a participação na música de FBC reacendeu uma chama que já existia nela. “A gente entrou no Miami Bass, no funk dos anos 2000, e aí me fez perceber o quanto eu nasci pra esse movimento dançante e pra estética funk de favela”.

“Desde antes eu venho demonstrando o meu interesse pelo funk, mesmo nos meus álbuns de rap e de trap. Então, em 2021, quando a gente soltou ‘Se Tá Solteira’ foi um estouro e eu dei fé de que era minha próxima aposta e que eu deveria mexer com isso”. Relembre a participação de Mac Júlia na música ‘Se Tá Solteira’:

Mac Júlia estudou funk de BH para fazer álbum

Para fazer um álbum de funk, Mac Júlia passou por um processo de estudo que começou no final de 2022. A artista conta que visitou várias produtoras e conheceu DJs de Norte a Sul de Belo Horizonte.

“Pude aprender a fazer os funks. Música eu posso dizer que já sabia, já faço há muito tempo, mas o funk em si, a galera tem uma forma de gravar, tem o jeitinho deles de deixar a parada característica”, explica.

Mac Júlia aproveitou a ida em estúdios e começou a produzir o disco, em abril do ano passado. No processo, a cantora se apaixonou pelo modo de fazer do funk de BH e pela dinâmica de trabalho investida pelos artistas desse gênero.

“A galera aqui trabalha de uma forma muito foda. É muita musica o tempo inteiro! O pessoal vai pro estúdio e faz duas, três músicas por dia. É um movimento muito mais intenso”, narra.

Mac Júlia (Divulgação)

A artista conta que, neste processo, ficou surpresa com a simplicidade com que os funkeiros mineiros produzem seus sons. “Tecnicamente falando, eu vi uma facilidade dos caras de simplesmente pegar um microfone de mão e um computador em qualquer lugar e captar sua voz. A simplicidade que eles fazem a parada, acho que é uma das maiores diferenças”, diz.

Ouça ‘Baile da Dona Onça’:

Show de Mac Júlia nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira (24), Mac Júlia fará o show de estreia do novo álbum no Catavento Cultural, no bairro Ipiranga. A partir das 21h, a cantora fará uma apresentação inédita, com participação de Pretchako, MC Tairon e Preta Pocket.

“Estou morrendo de ansiedade! O show de amanhã é novo, com mais tempo de duração. Eu vou partir ele em dois blocos e vão ter participações de algumas pessoas que estão no álbum. Vai ser um show bem dinâmico, quero entrar em contato com meu público”, diz.

Os ingressos estão disponíveis neste link por R$ 40.

Depois do show em BH, a artista pretende ir para outros lugares do Brasil. “O ‘Baile da Onça’ é a solidificação de um marco, Dona Onça sou eu há bastante tempo. Pretendo levar em vários lugares, essa é a ideia”, finaliza.

Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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