O Coletivo Filme de Rua lançou, nesta semana, uma revista digital que reúne vivências audiovisuais da equipe nos últimos 7 anos. Intitulada “Revista Digital Filme de Rua”, o produto está disponível gratuitamente e contém mais de 160 páginas.
Nos últimos anos, o Coletivo Filme de Rua se dedicou à produção de cinema com a juventude que vive nas ruas de BH. Por meio do projeto, cerca de 15 jovens, homens e mulheres, tiveram a oportunidade de ampliar o conhecimento e atuar diretamente nas etapas de produção audiovisual.
Todo o processo audiovisual dos últimos três filmes do coletivo está registrado nas 166 páginas da revista. A publicação remete a um álbum de memórias e fotos do cotidiando do Filme de Rua no Centro de BH.
Registro histórico do Filme de Rua
Para Joanna Ladeira, integrante do coletivo, a revista atua como um registro histórico do protagonismo desse grupo de pessoas em BH por meio da arte. “Essa publicação é mais uma iniciativa para transformar os olhares da cidade sobre essa juventude”, disse.
“Ressignificar a sua existência e seu lugar social, assim como mostrar os filmes e processos criativos que partilhamos e produzimos nesse período”, concluiu Joanna. A revista digital do Filme de Rua está disponível neste link.
Coletivo sai do Sulamérica
O Espaço Cultural Filme de Rua, que abrigava o projeto desde março de 2019, teve que encerrar as atividades no edifício Sulamérica, no Centro. Isso porque a especulação imobiliária da região aumentou, e o coletivo apresentou dificuldades em financiar o aluguel.
Dessa forma, o Filme de Rua seguirá as ações em outros espaços de Belo Horizonte, com o compromisso de finalizar os filmes em andamento e a promessa de planos e obras.
Sobre o Coletivo Filme de Rua
O Filme de Rua nasceu em Belo Horizonte, produzindo, dirigindo e tendo obras estreladas por jovens que vivem ou viveram na rua da capital mineira. Um espaço cultural voltado à ampliação do acesso à produção audiovisual.
Baseado em três eixos, “Ver Filmes”, “Pensar Filmes” e “Fazer Filmes”, o Filme de Rua é um laboratório de práticas audiovisuais, misturando linguages, tecnologias do cotidiano e aproximando saberes.
A iniciativa envolve profissionais e ativistas das áreas de artes plásticas, cinema, psicanálise, comunicação e história. Venceu o 19° Festival Internacional de Curtas-Metragens de Belo Horizonte, além de editais e de ter sido selecionado em festivais.