Um homem de 26 anos foi preso nessa sexta-feira (18) pelo feminicídio de uma jovem de 17 anos de idade, após não aceitar o término do relacionamento entre os dois. A jovem foi assassinada dentro de casa, na frente da própria mãe, na terça-feira (15), em Paracatu, na região Noroeste de Minas. O suspeito foi encontrado na zona rural de Planaltina, no Distrito Federal, onde estava escondido.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi morta a facadas logo após sair do banho. O homem tem antecedentes criminais por tentativa de homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e ameaça em contexto de violência doméstica.
Em fevereiro deste ano, ele chegou a ser preso em flagrante por ter ameaçado a jovem de morte, mas só permaneceu no sistema prisional por três meses.
A operação policial
“Desde o registro do fato, equipes da Polícia Civil estão trabalhando de forma ininterrupta na colheita de elementos probatórios para apuração da autoria e circunstâncias do crime, o que possibilitou a celeridade na representação por prisão do principal suspeito, bem como a expedição do mandado de prisão e, finalmente, na captura do indivíduo”, afirmou o delegado Gustavo Henrique Ferraz Silva Lopes, que coordena as investigações.
A operação contou com a participação de policiais civis da 2ª Delegacia Regional em Paracatu, policiais civis PCDF, bem como com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/UDI).
O que é feminicídio?
Feminicídio é o assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher. Em 2015, a Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/15) juntou-se à Lei Maria da Penha na construção do empoderamento das mulheres em conjunto com as políticas públicas criadas para prevenir e punir atentados, agressões e maus-tratos.
As alterações trazidas pela Lei do Feminicídio imputaram mais severidade nas penas para crimes praticados nos casos de violência doméstica e familiar e de menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Onde conseguir ajuda?
Caso você seja vítima ou conheça alguém que precise de ajuda, pode fazer denúncias pelos números 181, 197 ou 190. Além deles, veja alguns outros mecanismos de denúncia:
Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher: av. Barbacena, 288, Barro Preto | Telefones: 181 ou 197 ou 190
Casa de Referência Tina Martins: r. Paraíba, 641, Santa Efigênia | 3658-9221
Nudem (Núcleo de Defesa da Mulher): r. Araguari, 210, 5º Andar, Barro Preto | 2010-3171
Casa Benvinda – Centro de Apoio à Mulher: r. Hermilo Alves, 34, Santa Tereza | 3277-4380
Ponto de Acolhimento e Orientação à Mulher em Situação de Violência: avenida dos Andradas, 3.100, no Núcleo de Cidadania da Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Aplicativo MG Mulher: Disponível para download gratuito nos sistemas iOS e Android, o app indica à vítima endereços e telefones dos equipamentos mais próximos de sua localização, que podem auxiliá-la em caso de emergência. O app permite também a criação de uma rede colaborativa de contatos confiáveis que ela pode acionar de forma rápida caso sinta que está em perigo.
Seja qual for o dispositivo mais acessível, as autoridades reforçam o recado: peça ajuda.
Com Agência Brasil e PCMG