Quatro homens foram presos na manhã desta quinta-feira (17), em Belo Horizonte e em Vespasiano, na Grande BH, suspeitos de cometer abusos sexuais contra crianças e adolescentes. Segundo a Polícia Civil, dois deles são gêmeos de 20 anos, investigados por um estupro coletivo contra uma adolescente de 15 anos, enquanto outro é um pai investigado por abusar da filha, de 11 anos. O último foi preso por abusar da sobrinha, dos 7 aos 9 anos de idade, em 2017.
Os gêmeos foram presos no bairro Piratininga, na região de Venda Nova, mesmo local onde o crime foi cometido em maio deste ano. A jovem contou que estava saindo com um dos irmãos e que consentiu ter relação mais íntimas com um deles. No entanto, o homem teria chamado o irmão e outros quatro amigos para o quarto, e todos a forçaram a ter relações sexuais contra a sua vontade.
De acordo com investigações da Polícia Civil, os irmãos ameaçaram a adolescente e a família dela caso alguma denúncia fosse feita. Em depoimento, os investigados negaram os fatos e, segundo o delegado responsável, Diego Lopes, tentaram desqualificar a vítima. Os outros envolvidos no crime serão indiciados pela corporação por estupro.
Mais abusos
Ainda nesta manhã, na região do Barreiro, um homem que trabalha como monitor em uma escola foi preso suspeito de abusar da filha de 11 anos. Segundo a polícia, a profissão do homem motivou ainda mais o pedido de prisão preventiva. “Com a prisão desse suspeito, afastamos a possibilidade de novos abusos contra a filha e ainda garantimos o afastamento dele de outras crianças que poderiam se tornar vítimas desse abusador”, explica a delegada do caso, Thais Degani.
Já o homem preso em Vespasiano, na Grande BH, tem 50 anos e já havia sido investigado por abusar da sobrinha durante seus 7 aos 9 anos de idade, em 2017. De acordo com a Polícia Civil, a mãe da menina buscou atendimento psicológico após notar comportamentos estranhos por parte da filha, inclusive, com automutilações pelo corpo.
À psicóloga, a menina relatou ter sido abusada pelo tio, o que motivou a investigação policial. Devido a uma condenação judicial em primeira instância, e por estar em local incerto, foi expedido mandado de prisão preventiva contra o homem.
A operação
A ação deflagrada nesta manhã, desencadeada pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, faz parte da primeira fase da operação Acalento, coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Governo Federal.
Segundo o chefe da Divisão Especializada de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), delegado Felipe Falles, outras ações serão desenvolvidas para compor a operação de âmbito nacional. “Até 16 de julho, a Dopcad vai intensificar atuações repressivas de combate aos crimes contra crianças e adolescentes. Não apenas os crimes sexuais, como também crimes de violência física e psicológica”, ressalta.
