Mais (um) nada: Jacyntho Brandão participa de live sobre primeiro livro de poesia

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Pela primeira vez Jacyntho escreveu um livro de poesia (Reprodução/Facebook)

O doutor e professor emérito da UFMG Jacyntho Lins Brandão participa de uma live onde vai apresentar seu primeiro livro de poesia, Mais (um) nada. O bate-papo está marcado para acontecer a partir das 20h no canal do YouTube da QuixoteDo Editoras Associadas.

Jacyntho é membro da Academia Mineira de Letras desde 2018 e uma das figuras mais importantes dos estudos clássico no Brasil. Em entrevista ao BHAZ, ele fala mais sobre o livro lançado no final do ano passado.

“O Marcelo Dolabela disse uma vez que o poema é uma ideia. Acho uma boa definição. A Tida Carvalho escreveu que um poema é um afeto. Acho que as duas definições são boas. O maior desafio que tive foi falar de ideia e afeto em poucas palavras”, diz.

O livro foi escrito antes do início da pandemia. “Ele vai muito na linha de reflexão sobre perdas e ganhos. Escrevi quando lidava com a perda do meu filho Pedro [Guadalupe, criador do BHAZ]. O último soneto é dedicado a ele”.

‘Ordem no mundo’

A poeta Ana Martins Marques destaca que em “Mais (um) nada”, Jacyntho utiliza várias formas para criar “alguma ordem, ausente no mundo”.

“O cômico, o ceticismo, a ironia, os jogos de palavras, mas também a disciplina e o rigor das formas, são aqui as armas com que o poeta se bate contra a falta de sentido, o vazio, o absurdo, ‘a imensidão do nada’, o luto, a perda. A métrica, e também a rima, criam alguma ordem, ausente no mundo, que é sem rima e sem razão”, diz sobre o livro.

Sobre o autor

Jacyntho Lins Brandão é professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais, onde lecionou língua e literatura grega de 1977 a 2018, tendo exercido ainda os cargos de diretor da Faculdade de Letras (1990–1994 e 2006–2010) e vice-reitor (1994–1998).

Doutor em Letras Clássicas pela Universidade de São Paulo (1992), foi professor visitante da Universidade de Aveiro, em Portugal (1998–1999). É sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos, da qual foi o primeiro secretário (1985-1987), além de presidente (1991–1993) e tesoureiro (2004–2005). Desde 2018 é membro da Academia Mineira de Letras e, atualmente, professor-visitante da Universidade Federal de Ouro Preto.

Publicou livros sobre a literatura grega, A poética do hipocentauro: literatura, sociedade e discurso ficcional em Luciano de Samósata (Editora UFMG, 2001), A invenção do romance (Editora UnB, 2005), Antiga musa: arqueologia da ficção (Relicário, 2015).

Traduziu, do grego, Como se deve escrever a história, de Luciano de Samósata (Tessitura, 2009), bem como, do acádio, Ele que o abismo viu: epopeia de Gilgámesh (Autêntica, 2017) e Ao Kurnugu, terra sem retorno: descida de Ishtar ao mundo dos mortos (Kotter, 2019). É autor ainda de obras de ficção: Relicário (José Olympio, 1982), O fosso de Babel (Nova Fronteira, 1997), Que venha a Senhora Dona (Tessitura, 2007).

Edição: Vitor Fernandes
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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