Kalil anuncia reforço na fiscalização em BH durante a pandemia

Kalil disse que, agora, a PBH conta com o apoio da PM na fiscalização
Kalil disse que, agora, a PBH conta com o apoio da PM na fiscalização (Amanda Dias/BHAZ)

A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) voltou a colocar o pé no freio na flexibilização do comércio da capital durante a pandemia do novo coronavírus. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou, nesta sexta-feira (19), que o funcionamento continuará da forma que está, mas mandou um recado para aqueles que insistem em descumprir as regras.

Os infectologistas que compõem o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 voltaram a pedir para que a população permaneça em casa e evitar aglomerações, como churrascos, entre outros (veja abaixo).

Ao anunciar o reforço da PM (Polícia Militar) na fiscalização da cidade, Kalil avisou aos comerciantes que insistem em abrir as lojas sem autorização da PBH. “Nesta semana aconteceu uma reunião só sobre este assunto entre PM, [secretaria de] Política Urbana e Guarda Municipal. Exatamente para que a fiscalização seja endurecida. Inclusive, neste final de semana, os atletas, os que acham que não vão ficar doentes e nem passar doença para seus pais, funcionários e empregados vão ser surpreendidos”, disse.

Perguntado sobre números dos comércios que funcionam em desconformidade com a lei, o prefeito informou que não tinha os dados. O comerciante flagrado funcionando sem autorização do Executivo municipal terá o alvará de funcionamento recolhido.

Isolamento social

Diante do aumento no número de casos de Covid-19 em Belo Horizonte, os médicos infectologistas responsáveis por autorizar a flexibilização ou não do comércio, fizeram um apelo para que as pessoas permaneçam em suas casas.

Os especialistas destacaram que o isolamento pode gerar um “desgaste” pelo tempo que está em vigor, porém é uma das maneiras de evitar mais pessoas infectadas.

“As pessoas estão desgastadas, mas é exatamente no momento que temos elevação dos casos. Devemos redobrar a nossa vigilância, vamos aguentar mais um pouco. Junho e julho serão meses difíceis. Devemos fazer isso [isolamento] para sairmos fortalecidos”, disse Estêvão Urbano.

Carlos Starling, por sua vez, citou os riscos provocados pelas reuniões de família e outras aglomerações neste momento de pandemia. “É fundamental entender que não temos outra saída a não ser o isolamento social. Toda precaução é pouca. Pequenos deslizes podem gerar série de casos com consequências imprevisíveis”, pontuou.

‘Meu saco encheu’

Durante a coletiva, Alexandre Kalil fez duras críticas ao Governo de Minas, devido às recentes declarações, tanto do governador Romeu Zema (Novo), como do secretário-geral Mateus Simões.

O prefeito ressaltou que tem adotado um modo diferente de ser, por conta da pandemia, porém disse estar de saco cheio com os posicionamentos do governo estadual sobre a forma da PBH lidar com o coronavírus.

“Hoje estou mais no estilo Alexandre Kalil, porque meu saco encheu. Balançar bochecha não vai salvar vidas. Vai precisar de gente especializada. Esqueçam BH como esqueceram na tempestade [chuvas do começo do ano]. Vão cuidar de quem deveriam estar e não cuidam”, disparou.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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