Mãe dá à luz trigêmeas e casal de BH totaliza cinco filhos

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Casal havia criado um perfil no Instagram para compartilhar os desafios da gravidez (Arquivo Pessoal)

Chegaram ao mundo as filhas trigêmeas de um casal que havia descoberto a gravidez trigemelar durante a pandemia. As três menininhas nasceram prematuras, em Belo Horizonte, por conta de uma complicação que a mãe teve, na última terça-feira (1). O pai das garotinhas, Misael Alvarenga, relata que o parto foi uma grande emoção. E, segundo ele, bem diferente das gestações dos outros dois filhos que ele e a esposa, Carolyne Cangussu, possuem. Ao BHAZ, Misael contou os detalhes do parto.

De acordo com Misael Alvarenga, a mãe das trigêmeas, Carolyne, que estava no sétimo mês de gestação, teve uma pré-eclampsia. “Na terça-feira, minha esposa teve sangramento no nariz, inchaço no pé, a pressão chegou a 15, e ela sempre teve uma pressão muito baixa. Quando chegamos no hospital, a pressão dela estava em 16”. Por causa disso, o médico encaminhou Carolyne Cangussu para fazer exames e investigar melhor.

“O médico deu encaminhamento para ver se estava tudo certo com o bebê, após os exames laboratoriais descobriu que teve uma pequena alteração nos fígados”. Devido a essa modificação no fígado da esposa, Misael explicou que o médico pediu para que o parto fosse feito imediatamente. Então, às 15h40 dessa quarta-feira (2), Carolyne deu à luz Sofia, Olívia e Lara, no Hospital Governador Israel Pinheiro.

Misael Alvarenga disse que acompanhou o parto, e que “não abriria mão por nada nesse mundo.” Ao ver as trigêmeas nascendo, Misael contou que chorou bastante, e que “foi uma emoção muito diferente do que das outras gestações”. Segundo ele, quando Manuela, de 7, nasceu, foi a emoção de ser pai pela primeira vez. Já quando foi Davi, de 6, a emoção que surgiu foi a de ser pai de um menino, pois poderiam fazer coisas como “jogar bola e brincar de lutinha”.

Momento do nascimento de Sofia, Olívia e Lara

Gravidez de risco

A gravidez de Carolyne Cangussu, que é autônoma, teve bastante risco, tanto pelo fato de ser trigemelar, quanto pela estatura física dela. “Na época, tinha aquela preocupação pela minha esposa ser muito magra, tinha a questão de muitos remédios para ela tomar, e tinha uma questão emocional”, contou Misael. Agora, a mãe das bebês passa bem, e está fazendo exames de quatro em quatro horas, para checar a pressão.

“A evolução dos exames estavam muito boas, a cicatrização da cesárea está muito boa, ela está debilitada um pouco, teve quase 20 quilos a mais do que o normal dela em 7 meses, o corpo dela esta um pouco cansado. Mas está bem”, relatou Misael Alvarenga. Por terem nascido prematuras, as trigêmeas têm previsão de permanecerem por mais dois meses no hospital, para fortalecer os pulmões e receber nutrição.

De repente, cinco

Quando o casal descobriu a gravidez trigemelar foi um choque muito grande, pois o casal não pretendia ter mais filhos. “Foi um desespero na hora que descobrimos. Uma mistura de sentimentos. Choro, riso, lágrimas, perda da voz, dor de barriga e tudo que você imaginar”, contou Misael, em entrevista anterior ao BHAZ. Com isso, Carolyne Cangussu fez um desabafo em suas redes sociais sobre o que estava sentindo, e isso acabou gerando uma corrente do bem.

Eles começaram a receber diversas doações de pessoas que se sensibilizaram com a história da família, e o casal acabou criando um perfil no Instagram. A conta na rede social era constantemente atualizada com notícias da gravidez, o dia a dia da família e tudo o que recebiam. É como se fosse o “portal da transparência”, brincou Misael. O servidor público disse que o apoio foi além das doações de utensílios para os bebês, pois também tiveram muitas mensagens de suporte moral, e que foram importantes.

No perfil, Carolyne registrou a gratidão pelo nascimento das filhas e pelo apoio dos seguidores. “Bem, as meninas nasceram bem, saudáveis. Eu também estou muito bem, me recuperando e em observação no pós operatório”, escreveu na legenda. Ela também disse que, posteriormente, postará o roteiro do parto.

Edição: Roberth Costa
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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