Mineira de 108 anos abre mão de vacina contra a Covid-19: ‘Deixo para quem pode viver mais’

Aplicação vacina
Autorização de uso emergencial é restrita a um “público definido” (Envato Elements)

Uma idosa de 108 anos, que mora no interior do Rio de Janeiro, recusou a vacina contra a Covid-19. Dona Hilda Cândida, natural de Minas Gerais, foi convidada para ser a primeira imunizada da cidade de Rio das Flores. No entanto, recusou a dose e disse que seria melhor deixar para quem “pode viver mais”. Em entrevista ao Jornal Extra, Dona Hilda contou sobre a decisão.

“Eu já vivi tanta coisa nessa vida, com quase 109 anos, que prefiro dar a vacina para alguém mais novo, que ainda pode viver mais do que eu posso. Estou quase partindo, não quero essa vacina”, declarou Dona Hilda Cândida. Segundo a idosa, ela teve complicações na saúde quando era bebê, mas que viveu uma vida “bem aproveitada”.

“Eu tive pneumonia ainda bebê e não pude nem mamar no peito da minha mãe. Acharam que eu morreria e correram com o batizado para eu pelo menos ir sob as bençãos de Deus. Aí minha madrinha fez uma papinha de angu morno para colocar sobre as minhas costas, acreditando na minha melhora. E aquilo deu certo”, contou.

Ela ainda disse que toma corretamente todos os remédios e vitaminas recomendados pelos enfermeiros que a visitam periodicamente. Quando perguntada sobre a Covid-19, Dona Hilda Cândida disse preferir deixar de lado, mas que usa máscara e álcool em gel. “Falar em doença é ruim, por isso eu sempre digo que ela já acabou”, disse a idosa.

Não aconselhável

Autoridades de saúde recomendam que os idosos se vacinem contra a Covid-19, já que estão no grupo prioritário de imunização. Além de não provocarem efeitos colaterais fortes, as vacinas aprovadas emergencialmente no Brasil, a Coronavac e a de Oxford, protegem coletivamente aos demais na medida em que o vírus se depara com um hospedeiro protegido.

Edição: Roberth Costa
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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