Um dos homens suspeitos de fazer parte da quadrilha que provocou terror em Araçatuba, em São Paulo, morreu na noite dessa quinta-feira (2). Trata-se de um homem de 41 anos que estava internado em estado grave na Santa Casa de Piracicaba, após sofrer lesões por arma de fogo.
A morte do suspeito, identificado como Antônio Carlos Fermino Bezerra, foi confirmada ao Uol pelo hospital. O BHAZ tentou entrar em contato com a instituição, mas não obteve retorno. De acordo com o portal, o homem estava na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) sob escolta policial, desde terça-feira (31).
Ainda segundo o Uol, o corpo do homem foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal). Ele deu entrada no hospital depois de passar pelo pronto-atendimento de Piracicaba, com ferimentos gravíssimos causados por tiros. Imediatamente, as polícias Militar e Civil foram acionadas.
Outro suspeito de integrar a quadrilha também está internado no hospital depois de ter sido baleado no braço e no cotovelo. Ele foi preso durante uma investigação policial sobre entorpecentes em Piracicaba, e estava escondido na cidade após o ataque às agências bancárias em Araçatuba.
Terror em Araçatuba
Três agências bancárias foram atacadas por criminosos fortemente armados na região central de Araçatuba, no início da madrugada da segunda-feira (30). A noite foi de terror para os moradores da cidade, e a Polícia Militar de Araçatuba disse que pelo menos duas agências bancárias tiveram seus caixas danificados por ação de explosivos e que outras agências foram alvos de disparos de arma de fogo.
“Os infratores da lei usaram transeuntes que passavam no local como escudo humano para transitar a pé e com os veículos utilizados na ação criminosa e utilizaram drones para monitorar toda a ação, tanto na chegada ao perímetro urbano quanto na fuga para a zona rural. Foram deixados explosivos em pelo menos 14 pontos da cidade, incluindo um caminhão carregado com emulsão em frente a uma das agências atacadas”, informou a corporação em nota divulgada à imprensa.
Durante a fuga, os veículos utilizados na ação foram deixados para trás com farta munição e armas de grosso calibre, entre elas fuzis calibre .50 e 7.62 mm, além de “miguelitos”, que são artefatos de metal utilizados para furar pneus de veículos.
Prisões
De acordo com a polícia, os dois primeiros suspeitos, um casal, foram presos por equipes do 12º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) poucas horas após o crime, na região de Araçatuba. No mesmo dia, agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) detiveram um terceiro suspeito envolvido nos ataques. O acusado, que foi encontrado no município de Campinas, admitiu participação na ação criminosa.
Os outros dois suspeitos foram detidos por agentes da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba, o jovem que segue internado e o suspeito que morreu ontem. Equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) desarmaram, na terça-feira, dezenas de bombas deixadas pelos bandidos. Em uma área de aterro sanitário, foram detonados 97 artefatos explosivos.
Com Agência Brasil