Neto se revolta ao ter que carregar avó de 102 anos no colo para tomar dose de reforço contra Covid

neto carrega avó
No vídeo, o homem diz que os profissionais se recusaram a aplicar a vacina na idosa dentro do carro (Reprodução/Redes sociais)

Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra a revolta de um neto ao carregar a avó, de 102 anos, até a unidade de saúde para se imunizar com a dose de reforço da Covid-19. Nas imagens, registradas nessa quarta-feira (22) no Distrito Federal, o homem diz que os profissionais se recusaram a aplicar a vacina na idosa dentro do carro.

“O posto não me deixou entrar com minha avó para vacinar. Disse que não era drive-thru. A primeira dose e a segunda ela conseguiu tomar no carro, no estacionamento”, diz Erick Farias, de 34 anos, no vídeo.

Em entrevista ao Metrópoles, ele disse que a fila de vacinação estava vazia quando chegou com sua avó, Corina Farias. Erick conta que idosa não consegue andar sozinha por sofrer de Alzheimer, por isso teve que carregá-la do estacionamento até o interior da unidade.

“Não ajudaram e nem ofereceram uma cadeira de rodas. Acho que faltou empatia. Se estivesse lotado, eu entenderia. Mas conversei das outras vezes com o pessoal e nos deixaram entrar com o veículo. Foi uma falta de respeito. Minha avó tem 102 anos e não precisava passar por isso”, disse.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal disse que a unidade de saúde não opera no modelo drive-thru e que “a equipe prontamente ofereceu uma cadeira de rodas para transportar a paciente até o local de aplicação da dose”, informou ao site.

Secretário se desculpa

Nesta quinta-feira (23), o secretário de Saúde do Distrito Federal, general Pafiadache, pediu desculpas ao homem. Segundo o Metrópoles, ele disse ainda que a vacina da Pfizer não pode ser distribuída amplamente em pontos drive-thru por conta de suas necessidades de armazenamento.

“Atualmente, nós só temos dois, por causa das condições especiais que a vacina requer. Peço desculpas ao Érick Farias e lamento o acontecido”, frisou.

O chefe da pasta lembrou, ainda, que é possível agendar a ida de equipes volantes à casa dos idosos acamados. “Temos à disposição o telefone 160, que pode ajudar nessas situações”.

Edição: Giovanna Fávero
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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