O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), desembarcou no Aeroporto de Confins, na região metropolitana, na tarde desta quarta-feira (18) após passar momentos de tensão em Israel. O chefe do Executivo viajou para o país do Oriente Médio no último dia 8 para conhecer modelos de segurança pública e novidades tecnológicas na área. No entanto, na última sexta-feira (13), ele precisou ser levado, às pressas, para um bunker após os ataques de Israel contra o Irã.
Ao desembarcar, o prefeito teve um reencontro emocionado com a filha, Giovanna Damião. A chegada do chefe do executivo também foi acompanhada por um protesto de professores da rede municipal, que estão em greve por ajustes na recomposição salarial da categoria.
Questionado sobre a situação, Damião disse que vai tratar do assunto ainda hoje: “Daqui eu estou indo direto para a Prefeitura para olhar a situação de vocês, podem ter certeza disso. Vou direto para a Prefeitura, nem pra minha casa eu vou, para olhar a situação de vocês. Podem aguardar hoje ainda”.
O chefe do Executivo de BH estava desde a tarde dessa terça-feira (18) na Ilha do Sal, em Cabo Verde. Em meio ao conflito de Israel com o Irã, Álvaro Damião precisou sair do país pela fronteira com a Jordânia, na manhã dessa segunda-feira (16). Sua primeira parada foi na Arábia Saudita, seguida da cidade Palma de Mallorca, na Espanha, e, por último, Cabo Verde. De lá, o prefeito seguiu para Natal e, de lá, embarcou nesta manhã para BH.
‘Passa na cabeça que são suas últimas horas’
O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, falou com a imprensa após desembarcar em Confins. Aos jornalistas, o chefe do executivo falou sobre os dias vividos na mira dos ataques irianianos. “Quando eles falavam para ir para o bunker, nós tinhamos um minuto e meio para fazer isso. Então nós vivemos dificuldades que jamais imaginávamos que fossemos viver. Momentos tensos, porque você entra no bunker, ouve barulho, sente o chão tremer, sem saber se algum daqueles mísseis vai atingir o local onde você está. O que passa na cabeça é que são seus últimos dias ou suas últimas horas”.
“Na quinta-feira de madrugada quando tudo começou, veio a informação de que nós deveriamos baixar um aplicativo do governo israelense. Nesse aplicativo tinhamos todas as normas de segurança, as orientações para ir para um local seguro, um bunker”, relatou.
“Nunca imaginei voltar ao meu país para dar uma coletiva, porque eu estava num país que está em guerra. Quando nós fomos para lá, nós fomos sem saber, ninguém sabia o que aconteceria naquele país quatro dias depois da gente chegar lá”.
