Um jovem belo-horizontino ganhou um bom dinheiro por descobrir uma falha de segurança na rede social Instagram. Andrés Alonso Bie Perez, de 15 anos, encontrou um bug dentro de um aplicativo que cria filtros na ferramenta e como recompensa embolsou R$ 126 mil. O erro fazia com que os usuários que usassem o filtro pudessem ter os dados da conta hackeados.
“Eu estava tentando fazer um app de celular pra criar seu filtro no Instagram, e aí quando eu fui fazer uma funcionalidade, fui ver outro app que já cria. Dentro dele vi que tinha uma falha de segurança no código. O erro faz com que ao compartilhar o link do filtro, quem for usar o filtro e clicar no link tem os dados hackeados por quem criou a funcionalidade’, conta o adolescente ao BHAZ.
Andrés explica que já sabia de programas que recompensam pessoas que encontram erros e falhas de seguranças em sites e aplicativos, mas ficou surpreso com o valor final. “Em um dia eu comuniquei, aí no dia seguinte eles corrigiram e depois de menos de um mês eles me recompensaram. Eu imaginei que ganharia algo, mas não pensei que fosse tanto, talvez uns 500 dólares”, detalha.
Andrés explica que o valor da recompensa depende de quão grave é a falha encontrada. “Existem os níveis de segurança e cada um te recompensa com um valor, que pode ser de até 25 mil dólares se a falha de segurança envolve que o usuário precise clicar em algo para ser hackeado. Ou até 40 mil dólares para erros em que o usuário não precisa clicar em nada para ser invadido. Numa escala de 1 a 10 de gravidade da falha, a minha ficou em 9”, diz.
Menino prodígio
Andrés estuda no Colégio Santa Maria, na região da Pampulha, e disse ao BHAZ que há três anos começou a mexer com tecnologia e programação, mas dos nove aos 13 trabalhou com design gráfico. Aos 13 anos, ele fez um curso de programação e no ano passado levou a medalha de prata na Olimpíada Brasileira de Informática.
“O gosto pela programação começou dentro da escola. Eu fazia jogos digitais com os colegas. E eu quero ficar nessa área como desenvolvedor ou até mesmo como bug hunter (caça erros), é uma atuação nova no Brasil”, conta.