Os impactos da greve dos caminhoneiros começam a ser sentidos em supermercados de Belo Horizonte e no interior do Estado. Há oito dias, a categoria está em greve e com isso sem circular pelas rodovias que cortam o país. O desabastecimento das redes de supermercados, além dos postos de combustíveis, é um dos reflexos vistos no dia a dia da população.
Ao Bhaz, a Associação Mineira dos Supermercados (Amis) afirmou que alguns estabelecimentos começam a ficar sem produtos hortifrutigranjeiros, mas que isso não tem causado o fechamento das lojas. “As unidades do interior acabam sendo mais afetadas. Podemos afirmar que os supermercados tanto da capital como de outras cidades estão funcionando na medida do possível”, afirmou a assessoria da Amis.
Na capital mineira, a rede Supermercados BH está abastecendo as lojas de Belo Horizonte e região metropolitana com os produtos que estão nos centros de distribuição. “Estamos sentindo os reflexos desde a semana passada, pois nossos depósitos não estão sendo reabastecidos com as mercadorias enviadas por nossos fornecedores”, afirma Kátia Andrade, gerente de marketing da empresa.
Entre os produtos que começam a ficar em falta estão: carnes, leite e hortifrutigranjeiros (verduras e legumes). Kátia informa que em BH há quatro centrais de distribuição e que nelas estão produtos de higiene e bebidas, além dos alimentos.
Indagada sobre até quando os produtos que estão nas centrais conseguirão repor os estabelecimentos de BH, Kátia diz que dependerá da procura dos consumidores.
O Supermercados BH possui 180 lojas em Minas Gerais espalhadas em 48 municípios, no entanto as unidades do interior não estão sendo reabastecidas. “Até o momento nenhuma loja da rede fechou por falta de alimentos”, afirma Kátia.
Números da Amis apontam que Minas Gerais possui 7.173 lojas supermercadistas, sendo que 1.540 estão na Grande BH.