Os delegados e promotores de Justiça responsáveis pela investigação do vereador Wellington Magalhães (PSDC), ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), serão ouvidos pela comissão processante que analisa a possível cassação do mandato do parlamentar na Casa.
Em conversa com o Bhaz, o vereador Doutor Nilton (Pros), presidente da comissão, afirmou que a defesa do parlamentar e algumas testemunhas já foram ouvidas. No próximo dia 19 de junho, as autoridades são esperadas para participarem de uma reunião na CMBH prevista para iniciar às 9h.
“Esperamos a presença deles, pois será importante para o andamento dos nossos trabalhos. Fizemos o convite, mas não sabemos se eles vão comparecer”, afirmou. A dúvida da presença se dá pelo fato das autoridades terem sido convidadas e não convocadas.
O fato de Wellington ter conseguido um habeas corpus e já deixado a prisão não atrapalhará o andamento dos trabalhos da comissão, conforme explica Doutor Nilton. “Estamos executando nossos serviços seguindo o trâmite previsto em lei. As garantias de defesa estão sendo cumpridas sem quebrar os prazos. Desejamos que os nossos trabalhos não sejam questionados no futuro, independentemente do relatório final”, disse o parlamentar.
Na última segunda-feira (4), a Justiça determinou o afastamento de Wellington Magalhães do cargo de vereador de Belo Horizonte. A decisão judicial segue o entendimento do Ministério Público (MP) de Minas Gerais que alegou que a manutenção do político no cargo representava “risco de dano irreparável ao erário público”.
Wellington Magalhães é alvo da operação “Sordidum Publicae” (política suja), que resultou na denúncia contra 20 pessoas suspeitas de praticarem crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação pública, embaraço às investigações, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.