Belo-horizontino cria plataforma que conecta LGBTs pelo Brasil

marcos amâncio anda direito
Marcos Amâncio é o criador da plataforma Anda Direito, que conecta pessoas LGBTs (Marcos Amâncio/Arquivo pessoal)

“Além de facilitar as conexões por meio da plataforma, queremos mostrar ao mundo a força, o tamanho e a capacidade da comunidade LGBTQIAP+”. É nisso que Marcos Amâncio, CEO e fundador da plataforma Anda Direito, acredita. O objetivo do projeto é literalmente conectar pessoas da comunidade para que possam conseguir emprego, divulgar vagas em moradias, oferecer serviços e aproximar empresas. Além de Marcos, a equipe é composta por Gabriel Amâncio, Nathan Phelipe, Pedro Faria e Arthur Forte.

Ao BHAZ, o publicitário conta que a ideia surgiu em 2016, mas ganhou forma e foi lançada no início do ano, em janeiro. Marcos quer um aplicativo para a plataforma até o fim do ano mas, para isso, é preciso muito trabalho. “É uma plataforma multiproposta. Nós, pessoas da comunidade LGBT, podemos procurar vagas de emprego e serviços por ela. Se você é psicoterapeuta, psicólogo, mecânico, qualquer serviço, você pode colocar lá. Se você toca um negocio, pode colocar lá também”.

Sucesso

Além disso, a comunidade também pode divulgar talentos, casas, repúblicas, eventos, lugares, negócios e movimentos. O uso da plataforma é totalmente gratuito, tanto para as pessoas quanto para as empresas. Até esta sexta-feira (14), em apenas cinco meses, já foram 425 páginas de todo o Brasil cadastradas na plataforma. O projeto também já recebeu 4.328 currículos. São 5.825 usuários ativos na plataforma, com mais de 160 mil acessos.

“Temos um poder real de transformação nas esferas. A plataforma não se trata apenas de um modelo no mercado, vamos além. Temos uma responsabilidade com a comunidade desde que o projeto nasceu”, explica Marcos.

Mais que um negócio

Nas redes sociais e na plataforma, o projeto recebe diversos pedidos de ajuda. “As pessoas nos procuram para perguntar como podem sair de de casa já que a família não os aceita, como conseguir emprego sendo uma pessoa trans, como ‘sair do armário’ de forma segura, entre outras. É algo realmente importante”.

Mesmo com o sucesso inicial da plataforma, Marcos explica que estão apenas começando e querem atingir muito mais pessoas. “A gente ainda não encontrou nosso melhor modelo de monetização. Primeiro precisamos crescer muito, para depois desenvolver algo ainda mais viável”, continua.

A plataforma já deu seus primeiros frutos. Pelo menos 15 pessoas já foram contratadas a partir do site. Mais de 60 negócios LGBTs foram alavancados. Quatro casas já foram publicadas na plataforma, sendo que uma já encontrou uma pessoa para morar. Além disso, já foram oferecidos mais de 200 serviços por todo o Brasil.

‘A parada é ajudar’

Para celebrar o orgulho da comunidade em tempos de pandemia, a plataforma lançou no início do mês, a campanha: “A parada esse ano é ajudar”, uma iniciativa que reúne 45 movimentos da comunidade LGBTQIAP+ pelo o Brasil, dentre eles: ONGs, casas de acolhida, coletivos, torcida e muito mais.

Serão dois meses de campanha no ar (Maio e Junho), na página da campanha é possível conhecer os movimentos e fazer doações diretamente para os responsáveis pelas iniciativas. A plataforma não intermedia as doações e o que é contribuído vai diretamente para os movimentos. A iniciativa pode ser acessada por este link.

Edição: Roberth Costa
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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