O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (15), dados sobre a economia do país a partir do desenvolvimento do PIB – Produto Interno Bruto. Conforme o índice, BH ficou em quarto lugar no ranking das cidades mais ricas do Brasil.
A capital mineira teve uma participação de 1,17% no PIB de 2021. Só fica atrás de Brasília (3,18%), Rio de Janeiro (3,99%) e São Paulo (9,20%). Na quinta posição, atrás de Belo Horizonte, está Manaus (1,15%).
Apesar disso, nenhuma das cidades está na lista das que tiveram maiores ganhos de participação. De acordo com o IBGE os municípios são:
- Maricá (RJ): 0,5%.
- Saquarema (RJ): 0,3%.
- Niterói (RJ): 0,2%.
- São Sebastião (SP): 0,1%.
- Campos dos Goytacazes: 0,1%.
Em nota, o analista de Contas Regionais do IBGE, Luiz Antonio de Sá, celebra os dados, mas com cautela. Para ele, ainda é preciso mais para recuperar a força econômica igual era, ao que se chama, no período pré-pandêmico.
“Os resultados expressam uma recuperação econômica das capitais e outras agregações com maior participação no PIB brasileiro que, por terem como atividade principal os serviços presenciais, foram fortemente afetadas pela pandemia de Covid-19”, reforça.
“No entanto, apesar do aumento nominal desse grupo de municípios em 2021, a participação deles no PIB ainda está aquém do patamar de 2019”, completa.
Já as cidades que mais registraram queda são:
- São Paulo (SP): – 0,6%.
- Rio de Janeiro (RJ): – 0,4%
- Brasília (DF): – 0,3%.
- Belo Horizonte (MG): – 0,1%.
- Porto Alegre (RS): – 0,1%
Luiz explica o motivo dessa variação. As cidades que mais colaboram com o PIB perdendo força e outras que não estão bem colocadas registrando o maior crescimento do ano.
“O bom desempenho de Maricá (RJ) se deve à extração de petróleo e gás. Já os cinco municípios que diminuíram sua participação foram influenciados pelos Serviços, sobretudo as Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados em São Paulo e Porto Alegre, Administração pública em Brasília e Belo Horizonte, e Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços relacionados no Rio de Janeiro”, justifica.
Qual a tendência para o PIB daqui para frente?
Os especialistas do IBGE apontam que há uma desconcentração econômica intensificada, já percebido em 2020 e continuou no ano seguinte.
Para se ter uma ideia, em 2021 São Paulo/SP respondia por 15,4% do PIB brasileiro contra 16,2% em 2020. Esse, inclusive, é o recuo mais expressivo dentre as principais concentrações urbanas.
O Rio de Janeiro/RJ, por outro lado, teve o maior crescimento nas concentrações urbanas, saindo de 7,4% em 2020 para 7,8% no ano seguinte.