A Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais) confirmou nesta segunda-feira (16) a morte de um paciente com suspeita de febre amarela que estava internado no Hospital Eduardo de Menezes, localizado na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Ele recebia atendimentos no CTI (Centro de Terapia Intensiva), mas acabou não resistindo na madrugada de domingo (15) — esse é o terceiro registro de óbito desde a última semana, quando o primeiro paciente com suspeita da doença deu entrada na instituição.
Outras 23 pessoas seguem internadas no Hospital Eduardo de Menezes. Duas delas precisaram ser encaminhadas ao CTI. Todos os pacientes são moradores das regiões afetadas pelo surto de febre amarela no interior de Minas Gerais. Dados atualizados da Secretaria de Estado de Saúde dão conta de 133 casos suspeitos de febre amarela e 38 mortes confirmadas.
Referência no tratamento de atamento de doenças infectocontagiosas em Minas Gerais, o Hospital Eduardo de Menezes — administrado pelo Estado — passou a representar um dos principais reforços nas ações de combate e atendimento a pessoas com sintomas de febre amarela. Conforme informou a assessoria da Fhemig, pelo menos 42 leitos foram abertos, desde a última semana, para receber pacientes com suspeita da doença. Entre as vagas abertas na instituição, 32 estão localizadas na enfermaria e dez no CTI.
Na semana passada, o governador Fernando Pimentel (PT) chegou a decretar situação de emergência em saúde pública no Estado. Pelo menos 152 municípios que integram as unidades regionais de Saúde de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni estão em alerta. Com a medida, o Governo de Minas deve contar com aporte da União na aquisição de materiais e na contratação de serviços necessários ao atendimento da doença.
Em outra frente de combate e prevenção do surto de febre amarela no Estado, Pimentel anunciou a liberação de R$ 26 milhões cujo destino serão ações em áreas com maior incidência de infecção.
