Belo Horizonte atingiu, segundo a Defesa Civil, a marca de 141 dias sem chuvas nesta sexta-feira (6). A má notícia é que o tempo deve continuar sem precipitações neste final de semana. No sábado (7) e domingo (8), a capital mineira continuará com o tempo seco e quente, que propicia o fenômeno de “cortina de fumaça” que contribui para a perda da qualidade do ar.
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“No sábado (7), o céu deve continuar nublado com temperaturas variando entre 17ºC e 31ºC, e umidade do ar em torno de 30% no período da tarde. Já no domingo, o céu volta a ficar claro. A previsão é para temperaturas entre 16ºC e 32ºC, com queda da umidade do ar, que deve atingir 25%”, explica ao BHAZ a meteorologista Anete Fernandes, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
De acordo com a especialista, não há previsão de chuva nos próximos dias. “Não dá para especificar o dia, apenas que deve ocorrer a partir da segunda quinzena deste mês”, conclui. As previsões mais otimistas dão conta de que pode chover só em 20 de setembro. No entanto, vale lembrar que a data varia de cada modelo meteorológico e é impossível prever, com precisão, com menos de 72 horas.
Alerta onda de calor
O Inmet emitiu um alerta vermelho que indica “grande perigo” para uma onda de calor que atinge 370 cidades de Minas gerais, incluindo Belo Horizonte. De acordo com o comunicado, válido até às 23h59 deste sábado (7), a temperatura pode ficar 5ºC acima da média, trazendo risco à saúde.
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Entenda o fenômeno da ‘cortina de fumaça’
Ao BHAZ, a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Andrea Ramos, explicou o motivo dessa “cortina de fumaça”. “A corrente de ventos tem transportado poluentes provenientes de focos de queimadas, que se intensificam durante o período de seca. Esses poluentes estão sendo retidos próximo à superfície, formando uma neblina que turva o céu e reduz a visibilidade na cidade”, afirma.
De acordo com a especialista, a massa de ar seco que atinge a cidade, característica do inverno, agrava ainda mais a situação. “A massa de ar seco e quente, que é característica desse período, junto com a grande amplitude térmica e os 128 dias sem chuva em BH, contribuem para que esse cenário se mantenha”, complementa Andrea.
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