Bloco Gato Escaldado fará cortejo com conscientização sobre doença grave

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Divulgação/Filipe Rhodes

O Carnaval de Belo Horizonte receberá, ao longo dos cinco dias de folia, pelo menos cinco milhões de pessoas. A presença dos foliões é um bela oportunidade para a conscientização sobre temas vulneráveis. Um dos destaques vai para as crianças e os adultos borboletas, que possuem cravadas na pele a fragilidade e as marcas deixadas pela Epidermólise bolhosa, doença rara, genética e hereditária. Quem traz o tema para a avenida é o bloco Gato Escaldado, que sai desde 2008 pelas ruas do bairro Sion, na região Centro sul de BH, aos sábados de Carnaval.

O bloco foi criado em 2008 pela empresaria July Mascarenha com o propósito de ser uma opção de festa para os moradores da região, quando o Carnaval de Belo Horizonte ainda estava longe de se tornar um dos maiores do Brasil. O tempo passou e o bloco resiste preservando as características originais de sempre levantar alguma bandeira em prol de causas sociais. O tema Epidermólise bolhosa está na pauta do bloco desde 2015.

Entenda a doença

Segundo o Ministério da Saúde, a epidermólise bolhosa é uma doença genética e hereditária rara, que provoca a formação de bolhas na pele por conta de mínimos atritos ou traumas e se manifesta já no nascimento. As crianças com Epidermólise Bolhosa são conhecidas como “crianças borboletas”, porque a pele se assemelha às asas de uma borboleta devido à fragilidade provocada pela alteração nas proteínas responsáveis pela união das camadas da pele.

A Epidermólise Bolhosa afeta tanto homens quanto mulheres e pode acontecer em todas as etnias e faixas etárias. Isolamentos sociais devido ao receio das pessoas com a doença sofrerem mais traumas e limitações são normais. É comum também que a Epidermólise Bolhosa provoque dor e afete a vida cotidiana física e emocional dos pacientes. Estima-se que cerca de 500 mil pessoas em todo o mundo tenham a doença.

Desfile

Neste ano, o bloco sai neste sábado às 16h, na avenida Bandeirantes, entre a praça JK e praça Alasca, no Sion. As crianças e adultos borboletas não devem comparecer pelo risco que eles podem ser submetidos dada à fragilidade que possuem na pele. Mas o recado acerca do preconceito será dado para pelo menos as 10 mil pessoas que seguirão o trio. Ele contará com uma bateria composta por 60 pessoas. 

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