O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi interrompido por gritos de uma mulher, durante seu discurso na Cidade Administrativa, hoje de manhã. Na oportunidade, o chefe do Executivo esperou os ânimos se acalmarem e disse que participará dos debates na eleição presidencial no ano que vem.
Bolsonaro discursava sobre as viagens que faz pelo Brasil e seus mil dias de governo. “Mesmo com menos recursos, temos apresentado mais trabalho para o bem de todos nós. E olhe, estamos no milésimo dia do nosso governo. Mas enfrentamos, ao longo desses mil dias, 600 dias de pandemia”.
Neste momento, uma mulher começa a gritar e o presidente para de falar por uns instantes. Muitas vaias de apoiadores foram registradas contra a mulher. Não foi possível entender o que ela dizia. Algumas pessoas chamaram a manifestante de “vagabunda”.
“Calma aí, pessoal. Isso é bom que aconteça. Eu não vou ofender essa senhora que proferiu essas palavras que nem deu para entender. Diz o velho ditado: ‘quem até os 30 não foi de esquerda, não tem coração. Quem depois dos 30 continua na esquerda, não tem cérebro'”, disse o presidente em meio a aplausos e gritos de “mito”.
Bolsonaro continua e diz que não veio a Belo Horizonte falar de política. Eleito sem participar de quase nenhum debate, em 2018, o presidente mudou o tom. “Se por ventura eu virar candidato ano que vem, terei o maior prazer de debater com o candidato dessa senhora”, falou o chefe do Executivo em referência ao ex-presidente Lula. “Vamos comparar 14 anos do PT com quatro do meu governo”, completa.
Confusão antes do discurso
Um tumulto foi registrado na Cidade Administrativa antes da chegada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na manhã desta quinta-feira (30). Grupos favoráveis e contrários ao político se reúnem no espaço onde o presidente cumpre agenda em Belo Horizonte.
Grades de proteção separavam os grupos, mas os manifestantes contrários ao presidente conseguiram furar o bloqueio e tentaram acessar o mesmo espaço onde os apoiadores de Bolsonaro estavam.
A segurança do espaço, além da Polícia Militar, tiveram que intervir após o início do tumulto. “Aqui é a casa do povo e o povo tem que entrar”, disseram alguns manifestantes.