Brasília estilizada com peças de Lego é furtada em Contagem e dono faz apelo: ‘Não tenho como trabalhar’

brasilia
A Brasília, ano 1978, estava estacionada na porta da escola em que o oficineiro Thiago Nunes trabalha quando foi levada por um homem (Arquivo pessoal)

Um morador de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, não conseguiu ir para o trabalho nesta terça-feira (9) depois de ter a Brasília dele furtada no bairro Cabral. O veículo, ano 1978, estava estacionado na porta da escola em que o oficineiro Thiago Nunes trabalha.

Vídeos de câmeras de segurança mostram o momento em que um homem se aproxima, agachado, do carro. Ele então arromba a porta, entra e, após alguns segundos, dá partida. Em entrevista ao BHAZ, Thiago conta que foi uma luta conseguir comprar o carro, apelidado carinhosamente de “Larissa Riquelme”, em menção à musa da Copa do Mundo de 2010.

“Eu trabalhava em escolas desde antes da pandemia como prestador de serviços, mas com a pandemia as escolas todas fecharam e não tinha como trabalhar. O banco então tomou o meu carro que eu tava financiando porque eu atrasei três parcelas. Então comecei a trabalhar com entregas, comprei a Brasília e comecei a rodar com ela”, explica ele.

Sucesso com as crianças

Apesar de ser um carro bastante tradicional, a Brasília de Thiago tem um diferencial que chama a atenção a quem a vê pelas ruas de Contagem. Ela é coberta por várias peças de Lego, peças de brinquedo que se encaixam e fazem bastante sucesso com as crianças.

“Enchi ela de Lego porque tava toda enferrujada. Agora, quando eu paro o carro e volto as pessoas estão tirando fotos, as crianças gostam muito. Eu coloquei umas cores que chamam muito a atenção e, inclusive, peças soltas para elas brincarem em cima do carro”, contou ele.

Além de ser imprescindível para o seu trabalho, a Brasília ainda tem um grande valor sentimental para o oficineiro. Quem souber informações sobre o carro, basta entrar em contato com o Thiago Nunes pelo número (31) 9 9234-0367.

“Hoje eu não consegui trabalhar, fiquei a manhã toda procurando ele lá em Contagem, nos bairros mais isolados. Se eu não encontrá-lo hoje, amanhã eu não tenho como trabalhar”, lamentou ele

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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