O gabinete da presidência do Banco do Brasil, em Belo Horizonte — localizado na rua da Bahia —, foi ocupado, na manhã desta quinta-feira (16), por centenas de moradores da ocupação William Rosa, os quais reivindicam a doação de um terreno e a construção de moradias populares.
Atualmente, os sem-teto estão instalados em um terreno da União, localizado ao lado do Ceasa Minas, em Contagem.
Eles pedem que seja retomada as negociações, envolvendo os governos Estadual e Federal, o Ceasa Minas e a Prefeitura Municipal de Contagem, sobre um suposto acordo que teria sido firmado pelos órgãos, neste ano.
Segundo os organizadores do ato, nesse acordo, a administração de Contagem teria se comprometido em ceder um terreno para a relocação dos moradores, sendo que a União custearia a construção de moradias populares a ser executada pelo Governo de Minas. Ainda segundo a organização, o Ceasa Minas teria se comprometido em viabilizar temporariamente um local para assentar as famílias enquanto o projeto era executado.
No entanto, segundo alega os organizadores do ato, em maio deste ano, teria sido feita uma solicitação, por parte do Ceasa Minas, junto à Justiça mineira, para expedição de reintegração de posse do local.
Após a ocupação da presidência do Banco do Brasil, os manifestantes seguiram para a Assembleia de Minas, onde esperam ser recebidos pelo presidente da Casa, deputado Adalclever Lopes (PMDB). Em uma postagem no Facebook, eles escrevem: “Enquanto 400 famílias sem-teto correm risco de viver nas ruas por falta de moradia, nossos deputados estaduais recebem auxílio moradia de quase R$ 4,5 mil ao mês”.
A Ocupação William Rosa consiste no agrupamento de 400 famílias — cerca de 1.600 pessoas —, que ocupam uma área pertencente ao Ceasa Minas, em Contagem.