Como evitar raptos de crianças em locais públicos? Veja dicas para um passeio tranquilo com os pequenos

rapto de crianças
O BHAZ listou algumas dicas de como proteger os pequenos em espaços públicos (IMAGEM ILUSTRATIVA: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Nos últimos dias, mães de Belo Horizonte repercutiram preocupações sobre interações suspeitas entre seus filhos pequenos e desconhecidos. Em áudios amplamente divulgados no WhatsApp, relataram supostas tentativas de sequestro em praças e shoppings da capital mineira.

A Polícia Militar informou, nessa quinta-feira (20), que não houve registros formais de ocorrências do tipo nos locais indicados. Mas, como prevenção nunca é demais, o BHAZ listou algumas dicas de como proteger os pequenos em espaços públicos e ter um passeio mais tranquilo.

Como agir diante de suspeitas?

Nos registros que circulam no WhatsApp, as pessoas responsáveis pelas gravações afirmam que, nas supostas tentativas de sequestro em BH, os criminosos estariam puxando as crianças pela mão. Isso durante o período de férias escolares, em que destinos como praças e shoppings são ainda mais procurados pelas famílias.

Um dos principais receios da maioria dos pais é, com certeza, ter o filho levado à força. Em conversa com a reportagem, o tenente-coronel Flavio Santigo, da Polícia Militar de Minas Gerais, reforça a importância de adotar hábitos preventivos para evitar um possível rapto.

Outro fator crucial é saber diferenciar o sequestro de outros crimes: no sequestro em si, o criminoso precisa levar a vítima embora e entrar em contato com a família pedindo dinheiro para o resgate.

Compreensão do local

Nesse sentido, o responsável também deve fazer uma compreensão dos locais onde vai levar as crianças. Se o pequeno é menor de seis anos, por exemplo, é válido até mesmo colocar uma etiqueta com o celular do pai ou mãe no bolso dele.

“É muito comum em praias, alguém localiza a criança, vê uma argolinha ou etiqueta e consegue contatar os pais. É importante ficar de olho não somente pela possibilidade de rapto, mas também um possível ato libidinoso, crime sexual em andamento”, orienta o tenente-coronel Santiago.

“Se for para um lugar com aglomeração, em contato com muitas pessoas e sem controle do espaço, é necessário ficar de olho principalmente nas crianças mais novas. Já as mais velhas é possível ensinar: ‘se chegar perto, vem para perto da mamãe, do papai, da madrinha’. As menores ainda não têm o discernimento”, destaca.

Acione a polícia

“Pode não ser um rapto, mas uma pessoa com deficiências mentais, um pedófilo. A primeira providência é ligar para o poder público via 190 para que uma checagem de imediato. Se não tiver convicção, é importante evitar fazer áudios para não gerar pavor desnecessário”, reforça o tenente-coronel.

Em contato com os pais, a PM pode então buscar imagens que ajudem a subsidiar as investigações. Desse modo, é possível entender melhor o caso individualmente e até mesmo localizar o autor.

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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