O Conselho Tutelar de Belo Horizonte notificou o Colégio Santo Agostinho, tradicional escola particular da cidade, sobre as denúncias de supostos casos de bullying na instituição envolvendo alunos do ensino fundamental.
Segundo a prefeitura, o ofício pede que a instituição “esclareça quais medidas foram tomadas diante do ocorrido e identifique os envolvidos e seus respectivos responsáveis”. “O Conselho segue acompanhando o caso, dentro de sua competência legal, prestando todo suporte necessário”, completou o município.
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Conforme mostrou o BHAZ na última semana, a direção do colégio descartou a ocorrência da denúncia feita em redes sociais. “Não foi constatada nenhuma ação que viole a integridade física e corporal de qualquer criança”, informou a administração após análise de câmeras de segurança.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou no caso após pedido da própria escola. Em reunião entre a direção e promotores da Justiça, o MP deu as seguintes orientações ao colégio:
- Que no decorrer do procedimento, instaurado pelo próprio colégio, as apurações sejam conduzidas com a devida cautela, considerando a condição especial das crianças;
- que as medidas preventivas de proteção e de supervisão aos estudantes sejam reforçadas;
- e que o programa de convivência para os alunos das classes envolvidas receba especial atenção.
O caso chamou atenção entre a comunidade escolar e moradores da Grande BH após uma carta supostamente escrita pela mãe de um estudante do quarto ano do ensino fundamental relatar que a criança estaria sendo alvo frequente de agressões físicas e morais por parte de colegas de escola. Segundo o texto, outros alunos também seria vítimas. Um boletim de ocorrência foi registrado sobre o caso, mas nenhum responsável pelos alunos quis gravar entrevistas.
Procurada, a direção do Colégio Santo Agostinho informou que “segue buscando mais informações a partir da instauração de processos administrativos”.
“Em relação à comunidade escolar, foi realizada uma reunião, no dia 12, em que foram apresentadas as apurações realizadas e as medidas adotadas até o momento. A Escola ressalta que segue acolhendo todas as famílias e estudantes e fornecendo as informações necessárias para as autoridades competentes. O Colégio reafirma que não compactua com nenhum tipo de violência. A Escola conta com áreas dedicadas a atividades que trabalham o diálogo e o respeito entre os membros da comunidade escolar: equipes do Programa de Convivência Ética, de Assistência Social, além de apoio de Psicopedagogas”, completou.