O custo da cesta básica em Belo Horizonte registrou o menor valor em 2024, segundo levantamento da Fundação Ipead (Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais). O valor teve queda de 4,51% entre os meses de junho e julho, passando de R$733,62 para R$700,56.
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O custo da cesta básica representa o gasto médio mensal de um trabalhador adulto com o setor de alimentação. Dos 13 itens que fazem parte da cesta, nove tiveram queda no preço médio, e os outros quatro aumentaram. Os que mais caíram em relação ao preço foram tomate (-39,69%), batata inglesa (-15,76%) e açúcar cristal (-4,86%). A lista dos que encareceram inclui banana caturra, chã de dentro e feijão carioquinha.
Tomate passa por ampliação da quantidade
O pesquisador do Ipead UFMG, Diogo Santos explica ao BHAZ que a queda no preço da cesta se dá por fatores distintos. “O tomate, por exemplo, que teve a maior queda no país, tem passado por uma ampliação da quantidade ofertada, o que pressiona os preços para baixo”, comenta.
Diogo aponta que o pão francês, o arroz, a manteiga, o café moído e a farinha de trigo são outros produtos que ficaram mais baratos. “Cada item tem uma dinâmica de preço diferente ao longo do ano. Por exemplo, assim que passar o período de grande oferta de tomate e batata, os preços devem sofrer aumento”, prevê o especialista.
“Por outro lado, quando chegar o período de chuvas, e, consequentemente, reduzir os custos de alimentação dos animais, podemos esperar alguma redução em leite e derivados, além dos cortes de carnes bovinas”, conclui.
Conforme índices do instituto, o custo da cesta em BH representa o equivalente a 49,61% do salário mínimo, atualmente. A última vez que a cesta básica custou menos que 50% do salário mínimo foi em outubro de 2020, representando 49,84% do valor do salário à época.
Em comparação a julho de 2023, a cesta custa, atualmente R$ 7,68 a mais. Porém, em relação à proporção do salário mínimo, o custo é menor em julho deste ano, pois, em julho do ano passado, a cesta básica custava 52,49% do salário vigente.
