O tradicional desfile da Luta Antimanicomial em Belo Horizonte foi realizado na tarde desta sexta-feira (16). O cortejo percorreu a Avenida Afonso Pena e seguiu em direção à Praça da Estação, no Centro da capital. A manifestação integra as mobilizações pelo Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio.
O desfile de BH, promovido pelo Fórum Mineiro de Saúde Mental (FMSM), é considerado a maior manifestação artística antimanicomial do país. Conforme a ativista e artista Ed Marte, o evento contou com a participação de usuários dos serviço de saúde mental, familiares, amigos e trabalhadores da rede de saúde. “Foi uma momento muito alegre e festivo. É importante estarmos na rua todo ano para defender a causa. As pessoas precisam ser cuidadas com liberdade, respeito e longe de influências religiosas”, explica.
A festa ainda contou com a escola de samba ‘Liberdade Ainda Que Tantan’, agremiação que conta com a participação dos usuários dos serviços de saúde mental. “Tivemos samba de enredo e protestamos contra os retrocessos do estado. O Governo Zema quer destinar às verbas públicas às comunidades terapêuticas, sendo que, muitas delas, têm internações compulsórios e estão ligadas aos movimentos religiosos. Enquanto isso, a saúde pública continua sucateada”, afirmou a ativista.
Historicamente, o desfile, que ocorre desde 1999, defende o aprimoramento dos serviços de saúde pautado nos direitos das pessoas em sofrimento mental e em uso prejudicial de álcool e outras drogas. Neste ano, o cortejo também se posicionou contra a anistia dos envolvidos nos ataques golpistas do 8 de janeiro de 2023.
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