A Câmara Municipal de Belo Horizonte foi palco, nesta quinta-feira (2), de uma discussão, seguida de empurra-empurra, que precisou da intervenção da Polícia Militar. Os vereadores Catatau da Itatiaia (PSDC) e Professor Wendel Mesquita (PSB), além dos respectivos assessores, protagonizaram o embate cuja motivação seria a influência em bairros da região da Pampulha.
O entrevero ocorreu nos corredores da Casa legislativa de BH. Os dois parlamantares e suas equipes se encontraram e passaram a trocar ofensas. “Veio um assessor dele [do Catatau] e me deu um empurrão. Chamei a polícia na hora, nunca fui agredido e nem agredi ninguém”, afirmou Professor Wendel ao Bhaz.
Por sua vez, o parlamentar do PSDC alegou que foi abordado quando se deslocava ao plenário. “De dedo em riste, me dirigiu palavras ofensivas e de baixo calão porque eu estaria “invadindo” seu território de atuação, os bairros Santa Terezinha, Castelo, Paquetá, Bandeirantes e adjacências”, escreveu, em publicação no Facebook.
À Polícia Militar, um dos assessores de Catatau admitiu ter empurrado o vereador do PSB. O autor, no entanto, justificou a ação ao dizer que um assessor do Professor Wendel havia partido pra cima do parlamentar do PSDC. A equipe do professor nega.
Disputa
O entrevero entre os parlamentares não é de hoje. Como os dois têm como principal base política a região da Pampulha, há uma disputa interna. O embate pontual que teria gerado a confusão desta quinta-feira teria sido uma reunião convocada por Professor Wendel.
O parlamentar marcou um encontro com comerciantes do bairro Santa Terezinha, e a equipe de Catatau confirmou presença na audiência – o que teria desagradado o rival. O professor alegou que a reunião era particular e, então, o vereador do PSDC e sua equipe afirmaram que estavam sendo impedidos de participar.
Hoje, Wendel diz ter abordado Catatau para falar sobre o assunto. “No que eu falei com ele, ele começou a me agredir verbalmente, falando que vai onde quiser”, disse à reportagem. “Ainda tive que ouvir do colega que era para eu ter cuidado e não circular em área que era dele. Que haveria retaliação e que eu não fazia ideia do risco que estava correndo”, contou, em versão diferente, Catatau.