Dona Jandira, uma das principais vozes do samba de Minas Gerais, morreu, aos 85 anos, na noite dessa sexta-feira (4). A alagoana será velada neste sábado (5), a partir das 12h, no Cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte.
A artista tinha sido internada e entubada no Hospital Metropolitano Célio Castro, devido a um quadro de pneumonia. Além disso, Dona Jandira tinha histórico de insuficiência cardíaca e doença crônica renal.
Nascida em Alagoas, a sambista começou a carreira musical tardiamente, aos 66 anos. Na época, segundo o Almanaque do Samba – A Casa do Samba de Minas Gerais, que traça o perfil de mais de 100 sambistas, ela fundou o coral infantil Os Bem-te-vis, e precisou se inscrever na Ordem dos Músicos para poder coordenar o coral.
O cantor e compositor José Dias, um dos examinadores da banca avaliadora, afirmou que, assim que ouviu a voz de Dona Jandira, sabia que estava diante de um talento nato. A partir disso, ela passou a ser convidada para cantar na noite de BH e logo apareceram os convites para shows.
A artista, que também era pedagoga e artesã, gravou o seu primeiro CD ‘Dona Jandira’, em 2008, e, em seguida, o DVD ‘Dona Jandira ao Vivo’ (2012). O trabalho com participações importantes como Luiz Melodia, Paulinho Pedra Azul, Sergio Moreira e Marco Lobo.
Já em 2017, Dona Jandira gravou o CD ‘Afinidades’ em parceria com o compositor, arranjador e pianista Tulio Mourão.
A sambista se mudou para Minas Gerais, aos 60 anos, ao se instalar no povoado de Itatiaia, em Ouro Branco, a 100 km da capital mineira. Em 2019, ela recebeu o título de cidadã honorária de Belo Horizonte.
O sepultamento de Dona Jandira vai acontecer às 16h30.