Entraves na legislação podem comprometer combate ao abuso de flanelinhas

Os entraves legais em configurar como crime a atuação dos guardadores clandestinos de carros, os chamados “flanelinhas”, podem limitar a atuação da polícia. A avaliação é do delegado responsável pela Região Central de Belo Horizonte, Rogério Cedrola, que participou de audiência pública, realizada na manhã desta terça-feira (3), pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Para o delegado, a falta de legislação específica compromete a atuação dos policiais nas ruas. “Muitas vezes, o entendimento é de que não há crime”, disse. “É preciso o desenvolvimento de um tipo penal federal específico para que as forças de segurança consigam ter mais efetividade no seu trabalho”, defendeu.

Para o presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG, deputado Sargento Rodrigues (PDT), os cidadãos estão sendo vítimas de crime de extorsão. Ele lembrou o recente episódio, no qual uma mulher foi agredida na região da Savassi ao se recusar, dentro do seu direito, a pagar o valor solicitado pelo guardador de carros. “É preciso identificar essas pessoas e promover uma ação conjunta das polícias e da guarda municipal”, disse o parlamentar, sugerindo medidas para combater o abuso.

Delegados pedem contribuição da sociedade

A delegada de Polícia Civil Adriana de Barros Monteiro também avaliou como extorsão a cobrança indevida de dinheiro. Ela pediu a contribuição da população, para que acione as autoridades para que seja possível realizar um monitoramento da prática de abusos na Capital. Nesse sentido, a delegada Cláudia Proença fez um apelo para que os cidadãos, ao sentirem-se ameaçados ou abusados pela atuação dos “flanelinhas”, acionem imediatamente o dique 181.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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