Um áudio e uma imagem compartilhados pelo WhatsApp e pelas redes sociais têm chamado a atenção de moradores de Belo Horizonte, e da região metropolitana, desde o início dessa segunda-feira (5).
A gravação e a foto dão conta de que um escoteiro mirim teria morrido vítima de febre maculosa, devido à picada de um carrapato estrela. A informação é de que o garoto foi contaminado no Parque Ecológico da Pampulha, na capital, onde dezenas de capivaras vivem. Os mamíferos são apontados como hospedeiros responsáveis por amplificar a bactéria causadora da doença, que pode provocar febre, dor muscular, cefafléia e manchas na pele. Caso não seja tratada rapidamente, a condição é capaz de desencadear necrose nas extremidades do corpo e, em casos mais graves, levar à morte.
Mas, será que a criança realmente morreu vítima da doença?
Procurado pelo Bhaz, o 113º Grupo Escoteiro de Venda Nova, do qual o menino fazia parte, confirmou parte das informações que viralizaram nas redes sociais. Publicações de diversas divisões de escoteiros, no Facebook, lamentam a perda do pequeno integrante e oferecem consolo aos familiares. No entanto, as causas da morte são desconhecidas pelos organizadores e integrantes da iniciativa.
Thales Martins Cruz morreu no último domingo (4), aos 10 anos, e fazia parte do ramo “Lobinho”, que segundo a classificação de graus do escotismo tem como objetivo introduzir as crianças de 6 a 10 anos aos primeiros ensinamentos para a vida no campo, vida em equipe e desenvolvimento da liderança.
Questionada a respeito de mortes relacionadas à febre maculosa em Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Saúde informou que nenhum caso da doença foi registrado na cidade em 2016 e em 2015. No ano passado, o órgão recebeu 62 notificações por suspeita de febre maculosa e nenhum deles foi confirmado. Já neste ano, até o momento, foram 15 notificações e nenhuma confirmada.
Apesar de não ter o registro do que Thales tenha morrido vítima de febre maculosa, a Secretaria Municipal de Saúde informa que o setor de Vigilância Epidemiológica foi informado da suposta contaminação e que a ocorrência é investigada. A Fundação Ezequiel Dias (Funed) é a responsável pelo diagnóstico laboratorial que pode confirmar as causas da morte do escoteiro mirim.
Materiais biológicos foram colhidos do garoto e a investigação, que já está em curso, segue na linha de doenças conhecidas como Febres Hemorrágicas, entre elas dengue, leptospirose e febre maculosa.
Portanto, a informação de que o menino faleceu é FATO. No entanto, o motivo da morte ainda está sendo investigado pelos órgãos competentes.
